Na data, os servidores representados pela CONDSEF participam de uma plenária onde serão analisadas as negociações feitas com o governo até agora e discutidas as próximas ações da categoria.

O cancelamento de uma reunião pré-agendada com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, no dia 10 de agosto, colocou os servidores novamente em estado de alerta. "Suspendemos o movimento grevista que caminhava forte diante do compromisso de continuar as negociações com a categoria. No entanto, o cancelamento de praticamente todas as reuniões agendadas vem nos mostrar a falta de vontade política por parte do governo, demonstrada pelos que estão à frente desta negociação. Não ficaremos parados. Vamos cobrar aquilo que foi assumido em compromisso", dispara Josemilton Costa, secretário-geral da CONDSEF.

Retrospectiva do movimento

Mediante avaliação dos compromissos assumidos pelo governo, os servidores da base da CONDSEF votaram, em Plenária Nacional, dia 8 de julho, pela suspensão da greve.

Cumprindo as deliberações da maioria da base e o compromisso firmado com o governo, os servidores retornam ao trabalho no dia 14 de julho. No dia 15, sexta-feira, representantes da categoria foram recebidos na primeira reunião da agenda de negociação então firmada. Após esta data, no entanto, todas as reuniões foram canceladas mediante argumento do governo de que as propostas para a categoria ainda não haviam sido concluídas.

O último cancelamento aconteceu nesta quarta-feira, dia 10 de agosto, data em que representantes da base da CONDSEF seriam recebidos pelo ministro Paulo Bernardo para conclusão dos debates e das negociações.

Insatisfação é levada ao conhecimento do governo

Com a confirmação de que haveria o cancelamento de mais este encontro, cerca de 300 servidores públicos se reuniram em frente ao Ministério do Planejamento e em assembléia discutiram atitudes que seriam tomadas diante da situação imposta pelo governo.

Um documento lembrando o compromisso que o governo firmou com a CONDSEF foi protocolado junto ao ministério do Planejamento. "O documento registrou a indignação da categoria com o descaso com que, mais uma vez, vem sendo tratada a questão dos servidores públicos", revelou Josemilton Costa. "Não aceitaremos o silêncio do governo. Esperamos justificativas e respostas para cada compromisso e acordo firmado. Esta Confederação não está disposta a aceitar desculpas subjetivas do governo. Queremos respostas e elas terão que ser dadas", concluiu o secretário-geral, reforçando o coro dos demais servidores representados pela entidade.