Estadão Conteúdo
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), minimizou a manifestação de servidores federais em Brasília hoje e ponderou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não bateu o martelo sobre o reajuste salarial em 2022.
"Foi fraquinho", afirmou Barros ao Broadcast Político. "O presidente vai tomar uma decisão. No final do ano, não tinha dinheiro no Orçamento e eu falei que era melhor não dar para ninguém", disse.
"Se o governo decidir fazer, vamos tomar as providências para resolver, não tenho problema", acrescentou.
Após a aprovação do Orçamento de 2022 no Congresso, o líder do governo sugeriu que Bolsonaro não desse o reajuste para nenhuma categoria, depois de o presidente ter se mobilizado para conceder o benefício aos policiais federais e desencadear uma reação de outros funcionários públicos.
Hoje, servidores organizaram protestos em Brasília para cobrar por reajuste. Bolsonaro tem até a próxima sexta-feira (21) para sancionar o Orçamento e decidir sobre a verba de R$ 1,7 bilhão destinada a reajustes salariais e negociada em dezembro para atender os policiais federais.
No início da tarde, servidores iniciaram as manifestações em frente ao prédio do Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios, enquanto o ministro Paulo Guedes almoçava com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Pela manhã, no ápice da manifestação, cerca de 300 servidores se reuniram em frente ao Banco Central.