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Home office poderá ser permanente no serviço municipal de São Paulo

A Condsef avalia que o trabalho remoto protege funcionários do grupo de risco, mas diz que faltou dialogar com os representantes dos servidores para a implementação do home office


Home office poderá ser permanente no serviço municipal de São Paulo
Reprodução/Jornal Nacional

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Na prefeitura de São Paulo, 64 mil funcionários estão trabalhando de casa desde o início da pandemia. O regime de teletrabalho vai poder ser permanente para 25 mil servidores. A adesão vai ser voluntária.

Durante a pandemia, milhares de servidores públicos tiveram pela primeira vez a experiência de trabalhar em casa. Essa mudança gerou uma economia bilionária para os cofres públicos.

No escritório, mesas vazias. Na prefeitura de São Paulo, 64 mil funcionários estão trabalhando de casa desde o início da pandemia. E agora, o regime de teletrabalho vai poder ser permanente para 25 mil servidores. A adesão vai ser voluntária.

Os servidores vão ter que cumprir pelo menos um dia de trabalho presencial, com avaliações periódicas. Em sete anos, isso deve significar uma economia grande.

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“Vai desde mudança de contrato de limpeza, café, telefone, energia até a adequação dos prédios. Devolução de prédios que estão alugados. Hoje, no nosso cálculo, um servidor para ficar presencial custa por ano entre R$ 12 e R$ 13 mil reais. Então se nós implementarmos todas essas ações, em sete anos a prefeitura terá economizado um bilhão de reais”, diz Malde Maria Vilas Bôas, secretária municipal de gestão.

Com a pandemia, cerca de dois terços dos funcionários públicos que trabalham para o governo federal também começaram a trabalhar de casa, em home office.

Nesta sexta-feira (25), o Ministério da Economia divulgou o quanto o governo conseguiu economizar com isso: de abril a agosto, foi cerca de R$ 1 bilhão. Metade disso só com diárias, passagens e locomoção.

Também teve corte de gasto com energia elétrica, comunicação em geral e de pagamento de auxílios para os servidores, como auxilio transporte por exemplo.

A maioria dos servidores públicos que está em casa são de instituições de ensino federais que devem voltar às atividades presenciais com o fim da pandemia. Segundo o governo, a economia vai diminuir, mas parte do funcionalismo vai poder continuar com o trabalho remoto.

"Tem aqueles trabalhos que são claramente possíveis de serem realizados à distância. E aí vem muito trabalho administrativo. Todo recurso que o governo consegue economizar na área meio é recursos que a gente consegue disponibilizar pra aplicação e investimento na área fim, no atendimento à população", diz Wagner Lenhart, secretário nacional de gestão e desempenho de pessoal.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal avalia que o trabalho remoto protege funcionários do grupo de risco, mas diz que faltou dialogar com os representantes dos servidores para a implementação do home office.

"Nós estamos trabalhando de forma remota mas com todas as nossas ferramentas, com internet, com equipamento, com energia, com todos os instrumentos e isso teria que ser dado condições para o executivo para poder o serviço ser prestado de melhor condições", afirma Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da CONDSEF.

O professor Gustavo Fernandes, especialista em gestão pública, diz que esse é um modelo que veio para ficar e precisa de ajustes.

"Parte dos custos que eram arcados pelo empregador passam para o trabalhador, então conta de luz, o material. Tem que pensar exatamente como é que vai se dar esse modelo."

Mas que toda fonte de economia é bem-vinda, ainda mais em um país que precisa equilibrar os gastos públicos.

“Esses valores que o governo está divulgado agoraé a ponta de um iceberg de uma grande revolução da forma de trabalho. Esses números eu acho que eles são extremamente positivos e eu só gostaria de acrescentar que, além da redução de custo, a gente também vai ter um aumento de produção, então de capacidade de atender a sociedade”, afirma Gustavo Fernandes.

O Ministério da Economia não respondeu sobre a queixa da Confederação dos Servidores a respeito da falta de ajuda com equipamentos e outros gastos. Segundo o ministério, quando acabar a pandemia, o servidor que optar pelo teletrabalho vai ter que arcar com os custos, como energia e internet.

A prefeitura de São Paulo disse que estuda como ajudar os funcionários com os custos extras do trabalho remoto.






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