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Enquanto corta dos serviços públicos, Bolsonaro gasta quase R$2 bi em guloseimas

Guedes volta a ameaçar servidores com congelamento salarial, mas para explicar gasto com itens supérfluos em lista de compra do governo Ministério da Economia diz que "toda despesa efetuada pela Administração Pública Federal está dentro do orçamento"


Enquanto corta dos serviços públicos, Bolsonaro gasta quase R$2 bi em guloseimas
Reprodução

Condsef/Fenadsef

A cada dia o governo de Jair Bolsonaro se supera na irresponsabilidade e má administração no uso de verbas públicas. Sem apresentar até o momento um plano nacional eficiente de vacinação, comprometendo a produção em massa de vacinas com uma péssima gestão no Ministério de Relações Exteriores e negando manter o auxílio emergencial de R$600 para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade, o governo federal gastou mais de R$1,8 bilhão na compra de alimentos, entre vários supérfluos. A lista que foi divulgada pelo site Metrópoles inclui até mesmo chichetes com que foram gastos mais de R$2 milhões do dinheiro público. O gasto com leite condensado foi de R$ 15,6 milhões.

A informação imediatamente ganhou destaque e é o assunto mais comentado do dia. Não é para menos. Enquanto ainda enfrentamos os efeitos perversos da pandemia de Covid-19 na Saúde, servidores do setor enfrentam situações cada vez mais difícieis onde até oxigênio tem faltado para tratar pacientes graves. A primeira leva de vacinas só deve ser suficiente para imunizar cerca de 40% dos profissionais de saúde e ainda não há prazo para que isso acontece. Empregados da Ebserh, inclusive, estão preocupados com a falta de informações sobre a imunização nos Hospitais Universitários enquanto em alguns estados a fila da vacina está sendo furada por pessoas fora dos grupos prioritários.

O levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base no Painel de Compras atualizado pelo Ministério da Economia, apurou que o gasto com alimentos feito pelo governo federal em 2020 representa um aumento de 20% em relação a 2019. Não custa lembrar que o orçamento desse ano prevê um corte de R$35 bilhões na Saúde enquanto ainda enfrentamos a ameaça da Covid-19. 

Guedes volta a ameaçar servidores

Enquanto isso, o ministro Paulo Guedes voltou a afirmar nessa terça-feira, 26, que o governo poderá adotar um "protocolo da crise" caso aumente o número de mortes por covid-19 no país. A medida representaria a proibição temporária de aumento de salários aos servidores públicos.A medida, segundo divulgado pelo Yahoo Finanças, representaria a proibição temporária de aumento de salários aos servidores públicos. "Temos o protocolo da crise aperfeiçoado agora. Se você disser que a pandemia está realmente assolando o Brasil de novo, você vai declarar o estado de guerra, e isso é o seguinte: não tem aumento de salário durante dois anos do funcionalismo, os pisos estão todos bloqueados e acabou esse negócio do piso subir automaticamente.", disse Guedes em uma videoconferência do Credid Suisse, da qual participou ao lado de Jair Bolsonaro.

O povo brasileiro está sem vacina, sem auxílio emergencial e, com o pífio investimento no setor público, também estará em breve sem serviços públicos. Em meio a tantas guloseimas, Bolsonaro está engolindo também nossos direitos. Como alguém que gastou R$ 1,8 bilhão dessa forma, se atreve a dizer que não há o que fazer em relação à crise econômica e sanitária que assola o País? O governo poderia investir o valor para garantir que milhões de brasileiros sem renda e famílias que estão passando fome no Brasil sigam recebendo um auxílio de R$ 600,00… Não podemos tolerar nem mais um minuto desse governo irresponsável.

Protestos ganham o Brasil

A irresponsabilidade do governo é proporcional também ao aumento dos protestos com cobram a saída do presidente. Segundo pesquisa recente, cerca de 53% dos brasileiros se declaram favoráveis à abertura de um processo de impeachment. Nesse fim de semana carreatas tomaram conta de diversas cidades pedindo vacinação em massa e cobrando o "Fora Bolsonaro". As atividades de protesto não param. 

Abrindo o mês de fevereiro, na próxima segunda, 1o, será Dia Nacional de Lutas com programação ao longo de todo o dia. Carreatas serão realizadas em diversos estados. Em Brasília, a partir das 12h, com concentração no Palácio do Buritis, a Condsef/Fenadsef e o Sindsep-DF organizam uma carreata que sairá em direção ao Congresso Nacional onde o Fonasefe fará uma vigília com ato às 14h para entregar uma pauta de reivindicações do conjunto dos servidores aos candidatos à presidência da Câmara e do Senado. Às 20h um panelaço nacional está sendo convocado em defesa da vacina contra a Covid-19 gratuita e para todos. 

A Condsef/Fenadsef e suas entidades filiadas vão integrar todas essas atividades e convocam a maioria dos servidores federais a participar dos atos. "A irresponsabilidade desse governo genocida de Bolsonaro precisa ter um fim e é com mobilização e muita luta, apesar das dificuldades e de todos os cuidados que ainda devemos ter durante essa pandemia que estamos nos organizando para cobrar investimentos públicos que de fato atendam as necessidade urgentes da população brasileira", resumiu Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação.






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