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Encontro da Cultura debate desmonte do setor e reorganização da categoria

O primeiro dia focou em debates sobre a reforma previdenciária, a reforma administrativa e os modelos de gestão. No segundo dia, foram apontadas diretrizes para a resistência os ataques desferidos pelo governo Bolsonaro


Encontro da Cultura debate desmonte do setor e reorganização da categoria
Foto: Sintrasef-RJ

Sintrasef-RJ

O Encontro Nacional Setorial dos Servidores da Cultura aconteceu nos dias 24 e 25 de setembro, no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. O evento foi convocado pela diretoria executiva da Condsef/Fenadsef e teve como objetivo discutir o desmonte do setor e reorganizar a categoria para maior atuação junto às bases, à população, parlamentares e governo.

O primeiro dia focou em debates sobre a reforma previdenciária, a reforma administrativa e os modelos de gestão. Os servidores trocaram informes e discutiram sobre auditorias para mapear a atual situação.

Michel Correia, servidor do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e membro do Departamento de Educação e Cultura da Condsef/Fenadsef, afirma que o setor está em um processo rápido de desmonte. “Nesse atual cenário, principalmente pós reforma administrativa que acabou com o ministério, a Cultura não tem mais diálogo e as casas não conseguem se comunicar tranquilamente com suas direções. O governo não tem um projeto para o setor a não ser desmontar a Cultura”, diz ele.

No segundo e último dia do encontro, servidores e representantes das instituições presentes apontaram três diretrizes para a resistência aos ataques desferidos pelo governo Bolsonaro: 1) Construção da Frente Parlamentar em defesa da Cultura; 2) Criação de seminário sobre a reforma administrativa; 3) Subscrição da nota de repúdio da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert) em relação aos ataques do diretor da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Roberto Alvim, à atriz Fernanda Montenegro.

Também foi debatida a censura que a Agência Nacional do Cinema (Ancine) vem sofrendo, o assédio moral nas instituições e a necessidade de um calendário de ações locais para reforço das instituições culturais.

Frente a um cenário desafiador, os servidores da Cultura prometem não desistir de lutar. Resistência é a palavra de ordem. “Nossa maior arma ainda é nossa organização. A gente precisa se unir para agir e defender nossa principal bandeira: as políticas públicas de Estado que são de interesse de toda a população”, afirma Michel Correia. (Com agências)






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