Home > Notícias > Casos de Covid-19 voltam a subir no Brasil depois de três semanas de queda

Casos de Covid-19 voltam a subir no Brasil depois de três semanas de queda

Especialistas afirmam que só o distanciamento social mais rígido e vacinação ampla levam a um recuo de infecções, hospitalizações e mortes


Casos de Covid-19 voltam a subir no Brasil depois de três semanas de queda
HCPA/Divulgação

Portal CUT

Os números de novos casos de Covid-19 voltaram a subir no Brasil no começo do mês de maio, atingindo o maior patamar em três semanas. Os dados oficiais, divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde, indicam aumento de casos em nove estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

O Brasil atingiu o pico de 77 mil notificações diárias em 27 de março, um recorde na pandemia, e depois passou a cair ao longo de abril. Vale lembrar que há uma enorme subnotificação desses dados, a realidade é pior do que os números oficiais apontam, porque muita gente infectada não fez teste para a doença.

Especialistas afirmam que só o distanciamento social mais rígido e vacinação ampla levam a um recuo de infecções, hospitalizações e mortes. De outro, a flexibilização de regras de distanciamento, a circulação maior das pessoas e variantes mais transmissíveis levam ao avanço da doença.

Outros 13 estados se mantêm com casos estáveis: Acre, Amapá, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Há queda no Distrito Federal e em quatro estados: Amazonas, Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o mapa de tendência de casos aponta para a manutenção do patamar atual em todas as unidades da federação, exceto no Rio de Janeiro, onde há tendência de alta.

No dia 7 deste mês, a Fiocruz afirmou em boletim epidemiológico que a "ligeira redução em casos e óbitos por Covid-19" nas últimas duas semanas de abril "não significa que tenhamos saído de uma situação crítica".

Para a instituição, "somente a redução sustentada por algumas semanas poderá permitir a melhoria dos vários indicadores de monitoramento da pandemia". Os indicadores a que a Fiocruz se refere incluem a taxa de ocupação dos leitos de unidades

Segundo ainda a Fiocruz, "as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos mantiveram a tendência lenta de queda em quase todo o país entre 26 de abril e 3 de maio".

Os estados Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul estão fora da chamada "zona crítica"

"A aceleração da vacinação, a manutenção do distanciamento físico com pessoas fora da convivência domiciliar, o cuidado com a higiene frequente das mãos e o uso de máscaras adequadas de forma apropriada", resume a Fiocruz.

Nas últimas 24 horas

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 2.275 mortes por Covid-19, totalizando nesta terça-feira (10) 425.711 óbitos desde o início da pandemia, segundo o balanço do consórcio de imprensa. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 1.980, ficando abaixo da marca de 2 mil pela primeira vez após 55 dias.

Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -17%, indicando tendência de queda nos óbitos decorrentes do vírus.

A última vez em que a média de óbitos ficou abaixo de 2 mil foi em 16 de março. De lá para cá, o indicador que leva sempre em conta a última semana chegou ao pico de 3.125 de média no dia 12 de abril, e desde então vem baixando em ritmo que tem se alternado entre a estabilidade e a queda.

O Brasil completa 111 dias com a média móvel de mortes acima da marca de mil.






NOSSOS

PARCEIROS