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28/11 - Governo surpreende servidores federais com divulgação de carreira única para 2006

O domingo foi de surpresa para os dirigentes da CONDSEF. Uma notícia publicada na seção de “Economia” do Correio Braziliense (27 de novembro de 2005), informou que o governo fecharia, até o fim de dezembro, o projeto de lei com as diretrizes gerais de um plano de carreira para o serviço público. De acordo com o diretor de Relações do Trabalho da Secretaria de Recursos Humanos (SRH) do Ministério do Planejamento, Vladimir Nepomuceno, a intenção do governo é enviar o projeto de lei para o Congresso Nacional no início de 2006.



De acordo com a notícia, o projeto deverá regulamentar desde o ingresso dos trabalhadores no serviço público até o desenvolvimento dentro da carreira, além de definir remunerações e diminuir as distorções.

As informações deixaram toda a categoria confusa. "De ontem para hoje já recebemos diversos telefonemas de servidores ansiosos. Achamos de uma total irresponsabilidade o diretor da SRH divulgar tais informações quando o que se apresenta como proposta na Mesa de Negociação é algo totalmente diferente", revolta-se Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da CONDSEF e um dos representantes dos servidores na Mesa de Negociação.

Cobrança

Nesta quarta-feira (30), governo e servidores terão nova rodada de negociações. Os representantes da CONDSEF prometem não deixar esse fato sem resposta. "Vamos cobrar do governo se a verdade neste caso é o foi apresentado para a mídia ou o que apresentam de proposta durante as reuniões", assegurou o diretor da entidade.

A primeira reunião, realizada no último dia 23, não trouxe avanços nas negociações. O governo havia sido taxativo ao informar que não existia fôlego para discutir carreira nem este ano e nem ano que vem. “Agora esta notícia divulgada no Correio Braziliense nos deixa com dúvidas”, disse Sérgio Ronaldo. Na última reunião apenas as carreiras para Funai e Ministério da Fazenda foram confirmadas.

Além disso, o governo apresentou proposta de reajuste imediatamente rejeitada pela categoria. A proposta não apresentava qualquer aumento real para o setor e ainda propunha valores diferenciados para ativos e aposentados. "Além de não cumprir a paridade o governo colocou à disposição da categoria cerca de R$ 370 milhões que seriam divididos para um total de 280 mil servidores do PCC”, informou Sérgio Ronaldo. “Enquanto isso o governo ofereceu R$ 900 milhões para outro setor do funcionalismo que possui aproximadamente um terço deste quantitativo”, indignou-se. “Não podemos e não vamos aceitar essa migalha", deu o recado.





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