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Por Gustavo Silva
Até o momento, 28 universidades e institutos federais em todo o país viram iniciar nesta segunda-feira (dia 11), uma onda de greves lideradas pelos servidores técnicos que reivindicam melhorias nas condições de trabalho e valorização salarial. A indignação dos servidores é direcionada principalmente à demora do governo em responder às propostas apresentadas pelas entidades representativas. Veja, ao fim da reportagem, a lista atualizada de universidades e institutos que tiverm greve deliberada em assembleia por servidores do quadro técnico.
Segundo relatos, as propostas foram protocoladas há mais de seis meses, mas apenas recentemente houve um retorno, "marcado pela falta de preparo e desconhecimento por parte do governo em relação às demandas", destaca um diretor sindical, em condição de anonimato.
A falta de diálogo e a ausência de negociações efetivas têm sido temas recorrentes nas falas dos servidores. "Cadê a negociação coletiva no serviço público? Cadê a liberação sindical? Cadê o financiamento?", questionam. Para eles, a situação reflete a falta de atenção e comprometimento do governo com as questões fundamentais para o funcionalismo público.
Enquanto as greves se intensificam, o futuro das negociações e o desfecho desse movimento permanecem incertos. Isso porque, na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) — que discutiu o reajuste salarial para os servidores públicos federais —, realizada no dia 28 de fevereiro, nada ficou decidido pelo governo em relação ao incremento nos vencimentos dos estatutários. Agora, com o calendário apontando apenas para junho como a próxima rodada de negociação da MNNP, ainda sem data definida, as entidades representativas dos servidores continuam sem nada para comemorar.
Procurado para comentar sobre a greve deflagrada, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que "não comenta processos de negociação dentro das mesas setoriais e específicas".
"As tratativas, quando finalizadas, são divulgadas por nossos canais oficiais", concluiu, em nota.
Lista de universidades federais que tiverm greve deliberada em assembleia por servidores do quadro técnico
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)