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Servidores devem estar com um olho na Sapucaí e outro no MGI

Entidades representativas apresentam ao secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, contraproposta consolidada dos servidores respaldada pelo Dieese, aguardando uma próxima rodada de negociações prevista para fevereiro


Servidores devem estar com um olho na Sapucaí e outro no MGI
Reprodução/Sintrafesc

Sintrafesc

Em recente entrevista concedida ao Metrópoles, a ministra Esther Dweck deixou em aberto a chance de o governo conceder um aumento aos servidores federais em 2024. Ela indicou que a possibilidade de um reajuste salarial ainda está em jogo, dependendo da evolução da arrecadação.

A proposta oficializada pelo governo indicou um reajuste de 9% em duas parcelas, sendo a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026, o que está muito aquém da defasagem dos últimos anos.

Nesta semana representantes das entidades entregaram uma contraproposta ao governo e aguardam a reabertura das negociações em fevereiro. O reajuste salarial é uma das principais demandas defendida pelos servidores e entidades. Em colaboração com o Dieese, servidores chegaram a um consenso para um índice de reajuste dividido em dois blocos e em três parcelas iguais, a serem aplicadas nos anos de 2024, 2025 e 2026. A contraproposta unificada foi entregue ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) na quarta-feira, dia 31.

O primeiro bloco é das categorias que tiveram reajuste bianual (2016 e 2017) e o segundo que tiveram reajuste em quatro anos (2016, 2017, 2018 e 2019). Os 9% do reajuste emergencial concedidos em 2023 pelo governo Lula também estão no cálculo. 

Em três anos a contraproposta considera:

Bloco I 
(Total 34,32%)
• Reajuste em 2024 – 10,34% 
• Reajuste em 2025 – 10,34% 
• Reajuste em 2026 – 10,34%

Bloco II 
(Total 22,71%)
• Reajuste em 2024 – 7,06%
• Reajuste em 2025 – 7,06% 
• Reajuste em 2026 – 7,06%
 
A valorização dos servidores e a equiparação de benefícios também são pontos defendidos. A importância dos servidores em mobilizar-se pelo reajuste ainda neste ano, que contemple também os aposentados e recupere a defasagem salarial dos últimos anos sem reajuste, é fundamental para promover maior equilíbrio entre as categorias de servidores ativos, aposentados e pensionistas.

Como destacado por Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef, "Agora é luta para fazer com que o governo abra os cofres para o setor público e conceda reajuste ainda este ano." A equiparação dos benefícios do Executivo com os dos outros poderes e a revogação de todas as medidas e regramentos infraconstitucionais do governo anterior também são demandas cruciais nesse processo de negociação.

Agora, as atenções estão voltadas para a reabertura das negociações em fevereiro, com a esperança de que o governo reconheça a necessidade de um reajuste salarial que reflita as demandas e as necessidades dos servidores. As entidades sindicais, munidas de estudos técnicos elaborados pelo Dieese, continuam a pressionar por uma proposta que não apenas contemple o reajuste salarial, mas também promova a equiparação de benefícios e a revogação de medidas prejudiciais impostas anteriormente.

A unificação das propostas reforça a união entre os servidores e seus representantes e é um passo sólido para garantir uma conquista benéfica para todo o funcionalismo, assim como para sociedade.

Bom carnaval a todos e todas!






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