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Servidores aposentados precisam unir forças e se mobilizarem

Servidor aposentado, durante um governo que não respeita o trabalhador da ativa e as instituições, está visivelmente vulnerável


Servidores aposentados precisam unir forças e se mobilizarem
Foto: Arquivo Condsef

Sindiserf-RS

Nesta segunda-feira (24) comemora-se o Dia Nacional dos Aposentados. Em 2019, 14,7% da população brasileira tinham rendimentos de aposentadoria ou pensão, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse percentual corresponde ao número de 30,7 milhões de pessoas.

E segundo o portal do servidor do Ministério da Economia, em 2021, o número de aposentados, pensionistas e anistiados políticos do poder Executivo civil federal que recebem atendimento e prestação de serviços pela pasta chega a 170 mil pessoas.

Diante desse contingente, a secretária dos Aposentados e Pensionistas do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS), Zaida Haack Bastos, lembra da importância dos servidores aposentados se somarem aos demais trabalhadores se organizarem. “A organização, em qualquer área da vida, é essencial para quem quer obter vitórias”, enfatiza.

“O processo democrático nos remete para a organização e somente ela nos garante reivindicar coletivamente os nossos direitos e garantir a manutenção ou justos avanços. Sem organização estamos fadados a sermos engolidos por esse perverso sistema, que privilegia pequenos/grandes grupos de poderosos que somente darão ouvidos a nossa voz, se uníssona. Daí a importância da conscientização de que a unidade faz a força”, declara Zaida.

PEC 32 é uma ameaça aos aposentados 

Atualmente, todo o funcionalismo enfrenta uma luta para barrar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, da reforma administrativa. O discurso adotado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para defender a Proposta é cheio de mentiras. Uma delas é de que a reforma atingirá apenas os futuros servidores, isso não é verdade. A PEC 32 atinge não só os servidores ativos como os aposentados.

Zaida salienta que a reforma representa para toda Administração Pública um retrocesso, só explicado pela intenção da sua total destruição e se aprovada, atingirá os servidores atuais, futuros e a totalidade dos aposentados. “No caso específico do aposentado, significa o fim do vínculo paritário com o servidor da ativa. Ou seja, extingue-se a conquista de tratamento igualitário entre o servidor aposentado e o servidor da ativa, quando os aumentos salariais deixam de ser repassados a todos, num mesmo percentual”, explica ela.

Se a PEC 32 for aprovada, o governo terá a garantia de que o servidor aposentado, seja do município, do estado ou da União terá os seus vencimentos congelados, ficando ao arbítrio do patrão corrigir ou dar a ele aumento salarial. Para a dirigente, “é um desrespeito à velhice e um descaso com aquele que durante 25, 30, 40 ou 50 pagou compulsoriamente ao governo para ter seu sustento garantido na idade avançada”.

Ela declara, ainda, que servidor aposentado, durante um governo que não respeita o trabalhador da ativa e as instituições, está visivelmente vulnerável. “Para o governo, este aposentado é o zero à esquerda, atrapalha e suas vidas são consideradas de alto custo”.

É necessário unir forças

“Porém, ocorre que esse servidor contribuiu durante sua vida laboral para ter diretos e os tem”, salienta Zaida, acrescentando que diante das ameaças é necessário que todos unam forças com quem pode defendê-los, o Sindicato.

“Assim é que como titular da secretaria de Aposentados e Pensionistas, conclamo a todos os aposentados que se aproximem do Sindiserf. A entidade que já provou estar apta a lutar por todos e que não larga a mão do aposentado. Nossos direitos estão severamente ameaçados e é necessária a nossa união”, finaliza.






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