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Servidoras e servidores do Ibama e ICMBio rejeitam proposta do governo

A categoria está preparando uma carta, com suas reivindicações, que será entregue à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante a sua vinda ao Recife, no próximo dia 2 de março


Servidoras e servidores do Ibama e ICMBio rejeitam proposta do governo
Reprodução/Sindsep-PE

Sindsep-PE

As servidoras e servidores do Ibama e do ICMBio em Pernambuco voltaram a rejeitar mais uma proposta do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) referente à reestruturação de carreira e reajuste salarial. A proposta do governo foi feita no último dia 16 de fevereiro, durante a 3ª reunião da mesa setorial e específica do Meio Ambiente. As funcionárias e funcionários públicos federais pernambucanos promoveram uma assembleia na última terça-feira (27) e resolveram recusá-la porque ela está longe de contemplar as demandas apresentadas pela categoria.    

Como resposta, as servidoras e servidores continuarão em assembleia e mobilização permanente, reduzindo o atendimento presencial, que vem ocorrendo apenas em caso de emergências. Também não estão lavrando novos autos de infração, nem concedendo licenciamento ambiental para novos empreendimentos que desejem se instalar no Estado.

Além disso, a categoria está preparando uma carta, com suas reivindicações, que será entregue à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante a sua vinda ao Recife, no próximo dia 2 de março. A carta pedirá o apoio de Marina para a reestruturação da carreira. Além disso, irão entregar um documento a todos os deputados federais e senadores pernambucanos. O documento pedirá a ajuda dos parlamentares para pressionar o governo a atender a pauta de reivindicação.  O mesmo será feito em todos os estados brasileiros.

A proposição do governo vem sendo rejeitada pelos servidores do meio ambiente de todo o Brasil. Entre os principais pontos negativos estão a manutenção e o aprofundamento das disparidades salariais entre os servidores ocupantes de cargos de níveis de escolaridade distintos e a manutenção de diferença salarial significativa da tabela de referência (ANA). 

"As servidoras e servidores do Ibama e ICMBio continuam negociando com o governo federal na expectativa de uma proposta que reconheça as especificidades do setor ambiental. Mas as propostas apresentadas até agora estão muito distantes desse reconhecimento. Por isso a mobilização permanece e se amplia", destacou o diretor do Sindsep-PE, da CUT e servidor do Ibama, Eduardo Albuquerque. 

As servidoras e servidores da Área Ambiental lutam pela equiparação salarial com a ANA. “O trabalho dessas servidoras e servidores é fundamental para garantir um futuro sustentável para o Brasil e para o mundo. Elas e eles são os responsáveis por cuidar do meio ambiente brasileiro. Mas sofreram grandes ataques nos últimos anos, durante o governo Bolsonaro, com o desmonte do órgão, corte de recursos, falta de concursos públicos e desvalorização. Agora é o momento de serem valorizadas e valorizados. Por isso, não podemos aceitar qualquer proposta”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.   

A lida do dia a dia 

As trabalhadoras e trabalhadores da área ambiental são responsáveis pelo monitoramento da biodiversidade brasileira, pela elaboração e coordenação de políticas públicas e pesquisas ambientais, subsidiando ações como licenciamento e criação de áreas protegidas federais e de outros entes. Ao todo, cuidam de 336 unidades de conservação. O equivalente a 1,7 milhões de quilômetros quadrados de áreas protegidas.

Além disso, promovem a educação ambiental em todo o território nacional, coordenam as agendas de bioeconomia, as políticas e esforços de combate às mudanças climáticas, os programas de controle do desmatamento, a proteção de espécies ameaçadas, a promoção do desenvolvimento socioambiental, entre muitas outras atividades.

Atuam na prevenção e no combate a incêndios florestais e à biopirataria, além de promoverem a fiscalização ambiental, inclusive das terras indígenas. Somente na Terra Indígena Yanomami, este trabalho resultou na redução em 77% da área desmatada para a abertura de garimpos no ano de 2023.

Todas essas ações são fundamentais para o apoio e o fortalecimento dos povos e comunidades tradicionais na proteção de seus territórios e para a proteção de todos os biomas brasileiros.

Não tem floresta, não tem caatinga, não tem mangue sem o servidor ambiental valorizado!

Com informações da Condsef/Fenadsef






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