Dados que a maioria dos servidores públicos no Brasil conhece e sente na pele no dia a dia de seu trabalho foram divulgados em estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). O estudo faz o mito do “inchaço” na máquina pública cair por terra e mostra que falta mão de obra para trabalhar no setor público no país. A taxa de trabalhadores públicos na faixa economicamente ativa é de 10,7% e está entre as menores do mundo. Os dados são de 2005. Mas para a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) a realidade continua a mesma hoje, mostrando que a abertura de concursos e os investimentos públicos são essenciais para dar conta de atender a população com serviços públicos de qualidade.
Nesta sexta-feira, 27, em que se comemora o Dia Mundial do Teatro e do Circo, trabalhadores da Cultura realizaram manifestação no prédio da Funarte no centro de São Paulo (SP). Composto por trabalhadores da cultura de 55 grupos de teatro, o “Movimento 27 de Março”, como foi batizado, exige a abertura de diálogo com o Ministério da Cultura (Minc). Um dos objetivos é fazer com que o Fundo Nacional de Cultura invista em políticas públicas sem levar em conta apenas a pauta imposta pelo Minc. A decisão de realizar o movimento veio da tentativa de buscar um diálogo democrático, que para os trabalhadores da cultura tem sido negado constantemente pelo governo federal. A Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) apóia a iniciativa de lutar pela abertura de diálogo.
Nesta quinta-feira, 26, representantes de diversos estados se juntaram ao Comando Nacional de Mobilização do Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes), em Brasília. Cansada do tratamento de descaso que vêm recebendo do governo, a categoria decidiu realizar assembléias para discutir a retomada do processo de mobilização em busca do atendimento de sua pauta de reivindicações. A gota d´água foi o adiamento de uma reunião que aconteceria esta semana e acabou sendo desmarcada pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento. À Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) o Planejamento não apontou data para uma nova reunião. Até a próxima quarta, 1º de abril, assembléias serão realizadas em todos os estados.
Perguntados sobre qual deveria ser a prioridade dos servidores em tempos de crise, mais de 54% dos servidores disse não abrir mão de nenhuma reivindicação e que todas as prioridades devem ser defendidas. A pergunta foi feita em enquete publicada no site da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público) e respondida por mais de 1.700 internautas. Para 15%, a luta por reajuste dos benefícios como auxílio-alimentação, creche, plano de saúde, entre outros, deve vir em primeiro lugar. Quase empatados, a antecipação das tabelas de 2010 e 2011 e o cumprimento dos acordos convertidos em lei devia ser priorizada para 9,6% e 9,4% dos servidores que participaram da enquete, respectivamente. A defesa da paridade foi eleita como prioridade por 5,8% dos internautas. A instalação de grupos de trabalho (GT´s) para reestruturação de carreiras foi apontada por 3,1%, seguida pela definição de diretrizes de Plano de Carreira, escolhida como opção número um por 2,5% dos internautas.
A Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) foi ao Ministério do Planejamento nesta quarta-feira acompanhada de representantes dos servidores administrativos da Advocacia-Geral da União (AGU). A reunião marcou mais uma etapa do grupo de trabalho (GT) que discute a reestruturação de carreira da categoria. Está prevista para o dia 23 de abril a apresentação de um esboço do relatório final do GT. Hoje, o Planejamento apresentou análise de nota técnica feita pela Condsef. Nenhuma divergência foi apontada, mas o Planejamento destacou a necessidade de entender melhor a proposta de matriz remuneratória sugerida. Para isso, itens como elementos de capacitação e qualificação de postos devem ser mais detalhados. Sobre vantagens individuais adquiridas, o Planejamento reafirmou que entende a necessidade de manter esses direitos no esboço da proposta que deve ser apresentado dia 23 de abril.