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Governo terá sistema para população avaliar serviço público, diz Esther Dweck

Redução de gastos no funcionalismo já foi percebida em 2023, segundo MGI


Governo terá sistema para população avaliar serviço público, diz Esther Dweck
A ministra Esther Dweck (Foto: Divulgação/MGI)

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A Reforma Administrativa encabeçada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos já está em andamento desde o início do governo Lula, com um pacote de medidas, defendeu a ministra Esther Dweck, nesta segunda-feira. Dentre elas, está o lançamento de um sistema de avaliação de desempenho dos serviços públicos, que poderá ser acessado também pela população. Esse sistema deverá ser lançado após o primeiro semestre deste ano, mas a ministra não fixou uma data.

— Queremos um espaço de avaliação pela população. Claro, o servidor que presta serviço pode ser avaliado. Mas a ideia (no momento) é uma avaliação da prestação de serviço daquele ministério e daquela área — disse Esther Dweck, em conversa com jornalistas.

Esse projeto estaria no âmbito do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) — para guiar o trabalho por metas de entrega e não por horários. O PGD foi regulamentado em 2022 na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, prevendo que o desempenho dos servidores seria avaliado “por resultados” e pela “qualidade dos serviços prestados à sociedade”, e não por frequência. O governo Lula continuou com essa premissa e detalhou mais o programa com duas instruções normativas publicadas em 2023 — uma delas nos últimos dias do ano.

É previsto, em caso de descumprimento do plano, desconto na folha de pagamento do funcionário público. Uma métrica de cálculo sobre quanto seria o desconto ainda será definida.

Outro eixo dessa reforma no funcionalismo em curso é a chamada "transformação digital". Em 2023, a pasta diz que economizou R$ 1,4 bilhão com integração das bases de dados do governo federal em 2023.

A economia para os cofres públicos foi conseguida com o cruzamento de bases de dados de diferentes órgãos para a checagem da concessão de benefícios, por exemplo, reduzindo as fraudes.

Ainda no âmbito da digitalização, no longo prazo, o MGI observa que a automação de processos poderá substituir atividades que hoje são rotineiras e com previsibilidade da execução. Hoje, o trabalho de um datilógrafo no IBGE já foi automatizado, por exemplo.

O governo discute um modelo próprio de Reforma Administrativa. A ideia é evitar que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), leve adiante o modelo proposto durante o governo Jair Bolsonaro em 2020.

A proposta defendida por Lira reduz a estabilidade de servidores, entre outros pontos dos quais o governo atual discorda. Líderes do Congresso veem com ceticismo o andamento da pauta em razão das eleições municipais e da falta de empenho da União.

Para enfrentar esse debate, o governo se prepara para defender uma tese contra uma reforma voltada exclusivamente para o enxugamento da máquina pública.

As conversas com o Legislativo devem ter início após o carnaval. Antes, o conjunto de medidas será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

— O que a gente vai tentar, no diálogo com o Congresso, é escolher projetos que sejam prioritários para os dois: Legislativo e Executivo. E o Judiciário também, provavelmente — mencionou Dweck em conversa com jornalistas.

O governo Lula defende, por exemplo, o fim dos penduricalhos com supersalários, previsto em projeto de lei que regulamenta o teto do funcionalismo. O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados, em 2021, e retornou para o Senado, onde aguarda uma definição.






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