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Governo federal reajusta em até 70% diárias pagas a servidores públicos em viagens

Aumento foi autorizado em edição extra do Diário Oficial com data do dia 1º de julho por conta das restrições impostas pela legislação eleitoral


Governo federal reajusta em até 70% diárias pagas a servidores públicos em viagens
Foto: Ed Alves/CB

Estadão Conteúdo

Sem conseguir reajustar salários do funcionalismo, o governo federal fez um último agrado aos servidores públicos no prazo em que permite a lei em ano eleitoral, e aumentou em até 70% as diárias pagas aos funcionários em viagens. Um decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) com data de sexta-feira, 1 de julho. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o presidente não pode aumentar as despesas com pessoal nos últimos 180 dias do mandato.

O último reajuste nas diárias havia sido em 2009. O decreto também reduziu a quantidade de categorias e valores diferenciados, diminuindo a diferença paga de acordo com o cargo do servidor. Com isso, aumento maior será sentido por funcionários de menor escalão.

Funcionários de nível superior ou com gratificação até o antigo DAS-2 (sigla de uma das gratificações pagas a ocupante de cargo de confiança) ganhavam entre R$ 177 e R$ 224,20 por dia de deslocamento, a depender da cidade de destino. O valor passou a ser 70% maior, entre R$ 300,90 e R$ 381,14.

O aumento para cargos de assessoramento de níveis mais altos ficou entre 25% e 61% e, para ministros de estado, 15%. "A medida justifica-se pela necessidade de acomodar os valores de despesas com pousada, alimentação e locomoção urbana aos atuais valores praticados no mercado, uma vez que a última atualização ocorreu em 2009?, justificou a Secretaria-Geral da Presidência da República, em nota.

O decreto também estabelece que haverá redução de 25% no valor da diária quando a viagem ultrapassar 30 dias corridos na mesma localidade ou 60 dias não contínuos.

Greves. No fim do ano passado, o governo chegou a reservar R$ 1,7 bilhão para cumprir a promessa do presidente Jair Bolsonaro de reajustar o salário de policiais federais. Isso acabou desencadeando um movimento grevista em diversas categorias do funcionalismo público.

O governo então passou a estudar um reajuste linear de 5% para todos os servidores, como antecipou o Broadcast. Diante do alto custo da medida, de cerca de R$ 6,5 bilhões, recuou e passou a considerar apenas o aumento do vale-refeição para os servidores, ideia que também acabou sendo abandonada.






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