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Estudo destaca a importância das empresas públicas para o Brasil

O estudo do Dieese também alerta para o quanto o desinvestimento nos serviços públicos pode ser negativo para o Brasil e sua população


Estudo destaca a importância das empresas públicas para o Brasil
Reprodução

Sindsep-PE

O mais recente estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) traz uma visão panorâmica das empresas estatais federais, das empresas de economia mista e contradiz o discurso do governo Bolsonaro de que as empresas públicas são deficitárias e devem ser privatizadas. Segundo o estudo, intitulado como “Uma visão panorâmica das empresas estatais federais e possibilidades de atuação no pós-pandemia”, as estatais poderiam fazer parte de um grande esforço de recuperação e desenvolvimento nacional neste momento de aguda crise sanitária e socioeconômica pela qual passa o Brasil.

O texto lembra que diversos países capitalistas vêm lançando pacotes bilionários de incentivo e apoio ao setor público para aquecer a economia  e as estatais brasileiras podem, e devem, participar deste processo.

E os especialistas do Dieese apontam o caminho. Segundo eles, a contribuição das empresas públicas pode se dar por meio da ampliação dos investimentos públicos que induziria, em consequência, a atração de investimentos privados; por meio da expansão do crédito pelos bancos públicos ao capital de giro e à ampliação da capacidade instalada; e, no caso das grandes empresas Petrobras e Eletrobras, por meio da liderança no país do processo de transição energética, já iniciado nos países desenvolvidos.

O estudo do Dieese também alerta para o quanto o desinvestimento nos serviços públicos pode ser negativo para o Brasil e sua população, destacando que o crédito bancário ofertado pelos bancos públicos promove a redução das desigualdades regionais e que a energia hidrelétrica gerada pelas usinas controladas pelo Estado é a base para a oferta desse serviço essencial a toda à população. Lembra ainda que a exploração da camada do pré-sal deu uma contribuição inigualável ao avanço tecnológico do país. 

Bolsonaro na contramão

No entanto, o governo Bolsonaro caminha na contramão. Com o objetivo de privatizar o maior número de empresas em benefício dos grandes empresários, o atual governo está promovendo um grande desinvestimento no setor, enquanto promove críticas maldosas e agressivas contra os servidores públicos com o objetivo de propiciar um ambiente favorável junto à opinião pública para a venda dessas empresas.

Quando o governo para de investir nas empresas e no serviço público, os servidores passam a não ter condições de atender a demanda da população com qualidade. Com isso, as pessoas acabam concluindo que o melhor a ser feito é vender tudo, sem refletir sobre as consequências da privatização. 

“É importante lembrarmos que todos nós dependemos dos serviços públicos, sejam controlados pelo estado diretamente ou indiretamente. Precisamos de certidão de nascimento, carteira de trabalho, estradas, meios de transporte, energia, água, hospitais, escolas, entre tantos outros serviços que nos acompanham desde o momento em que nascemos. Temos que saber que, com as privatizações, grande parcela da população não conseguirá ter acesso a esses serviços. Além disso, essas empresas públicas são responsáveis por boa parte da geração de emprego e renda no país”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

O Sindsep-PE tem como base trabalhadores de três importantes empresas públicas brasileiras que sofrem com o descaso do atual governo. A Conab, Ebserh e Hemobrás são empresas estratégicas para o desenvolvimento nacional e atendimento à população.  

Campanhas de TV e rádio

O estudo do Dieese dará mais argumentos para que os dirigentes sindicais e trabalhadores e trabalhadoras dessas empresas unifiquem ainda mais a luta em defesa das estatais, como já vêm fazendo a CUT e entidades filiadas com as campanhas publicitárias exibidas nas TVs e rádios, além da internet, “Não deixem vender o Brasil”, em defesa das estatais, e “Diga Não à Reforma Administrativa”, em defesa do serviço público.  O objetivo das campanhas é sensibilizar toda a sociedade para os problemas que o país enfrentará em cada setor, caso essas empresas sejam privatizadas e o serviço público exterminado. 






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