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Contra reajuste zero, servidores técnico-administrativos iniciam greve nas universidades

Assembleia na Universidade Federal Fluminense (UFF) aprovou início de greve para esta segunda (11)


Contra reajuste zero, servidores técnico-administrativos iniciam greve nas universidades
Foto: Aduff

Hora do Povo

Servidores técnico-administrativos em Educação das universidades federais iniciaram nesta segunda-feira (11) greves em diversas instituições para pressionar o governo por reajuste salarial para 2024 e melhorias nos planos de carreira. O indicativo de greve foi aprovado em plenária da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

No Rio de janeiro, os técnico-administrativos da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) entraram em greve por tempo indeterminado. Na UFF, a decisão foi tomada por unanimidade em assembleia da categoria, ocorrida no último dia 5.

“Após vários meses de tentativas de negociação com o governo, não obtivemos nenhum avanço concreto em relação às nossas reivindicações. A greve ocorre por essa falta de diálogo do governo, com uma proposta de reajuste zero para 2024. Hoje, temos 53% de perdas inflacionárias acumuladas dos últimos anos. Também não houve avanço na reestruturação do PCCTAE [Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação]. Além disso, permanece a política de contingenciamento de recursos do orçamento federal, que afeta em cheio diversas áreas do serviço público, como a Educação. Por esses motivos, a nossa categoria unida votou pela greve, pois o momento é grave”, afirma Bernarda Thailania Gomes, coordenadora de Administração e Finanças do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF.

Os técnicos administrativos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) também param a partir de hoje (11). A decisão foi aprovada em assembleia do Sindicato das Universidades Federais de Pernambuco (Sintufepe-UFPE).

“Até o momento, o governo não avançou nas negociações. Na reunião do dia 23 de fevereiro, a Direção Nacional da Federação dos Sindicatos dos Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior (FASUBRA) avaliou que a contraproposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) não contempla a categoria, já que o recurso financeiro oferecido para implementação em 2025 e 2026 não é suficiente para a reestruturação do Plano de Carreira (PCCTAE) e não teria nenhuma recomposição salarial dentro da carreira para 2024” informa o sindicato.

Em várias localidades, as próprias instituições de ensino estão apoiando o movimento dos servidores. Em nota, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) se pronunciou em apoio à reestruturação da carreira dos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs). “O movimento da categoria é legítimo, está respaldado na legalidade”, diz a nota. De acordo com o Sindicato Dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintesp-PB), ainda não há previsão sobre quanto tempo a greve deve durar.

Da mesma forma, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) também se manifestou junto aos funcionários afirmando que “reafirma seu compromisso com a valorização da igualdade, inclusão, a justiça e o reconhecimento das lutas por direitos, com apoio a pauta nacional em favor dos servidores técnicos das Universidades Federais em todo o Brasil”.

“As universidades federais enfrentam desafios significativos, desde restrições orçamentárias até a falta de novas oportunidades de concursos. É fundamental reconhecer que o sucesso das universidades federais brasileiras nos mais importantes rankings nacionais e internacionais é resultado direto do trabalho coletivo de todas as categorias dos servidores. São estes que, com comprometimento e dedicação, asseguram o constante avanço na educação, em seu sentido mais amplo: ensino, pesquisa e extensão”, afirma a reitoria da UFPR.

Em Goiás, os servidores iniciaram hoje greve no Hospital das Clínicas em Goiânia e em diversos municípios. O movimento foi aberto com uma concentração, às 7 horas, na portaria do novo prédio do hospital, no setor Leste Universitário.

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo), “a greve é em resposta à falta de reajuste e valorização da categoria. Nas últimas mesas de negociação, a proposta do governo foi de aumento nos auxílios e 0% de reajuste. Assim sendo, a categoria deliberou por greve para que o governo dê um real reajuste”, diz a entidade, lembrando ainda que “há mais de seis anos os servidores seguem sem reajuste salarial”.

De acordo com a Fasubra, “32 universidades já estão com a greve deflagrada para este dia 11 de março, 18 fazem assembleia hoje (11), outras 4 entidades realizam no decorrer da próxima semana e 12 instituições ainda não se manifestaram”.






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