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Bolsonaro ironiza pedidos de reajuste: "Só dizer onde tem dinheiro"

Presidente recebeu reclamação de apoiador sobre aplicação de multas por agentes da PRF, que pedem aumento salarial


Bolsonaro ironiza pedidos de reajuste:
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer, nesta terça-feira (5/7), que não tem margem para conceder reajuste salarial a servidores públicos. Em tom irônico, ele afirmou que é “só dizer onde tem dinheiro”.

Em conversa com o presidente na saída do Palácio da Alvorada, um apoiador que se disse caminhoneiro reclamou da aplicação de multas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“Não são todos, mas existe gente fazendo isso daí, tenho informações. É que eles querem reajuste salarial. Eu dou reajuste para eles, para todo mundo, só dizer onde tem dinheiro”, disse Bolsonaro. O momento foi gravado e divulgado por um canal simpatizante.

Na sequência, o mandatário afirmou ser lamentável o que os agentes da PRF estariam fazendo com os caminhoneiros. “É lamentável fazer uma maldade com vocês para tentar me pressionar, uma maldade.”

Ainda em junho, Bolsonaro afirmou que não haverá aumento salarial para servidores públicos em 2022. O governo analisava a possibilidade de conceder um reajuste linear de 5%, mas os pedidos de reestruturação de algumas categorias geraram empecilhos adicionais.

A ideia inicial do governo era direcionar os recursos para agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A equipe econômica, na época, manifestou-se contra a medida, sob o argumento de que a concessão de reajuste poderia gerar pressões de outros setores do funcionalismo.

Foi exatamente o que aconteceu. Com a expectativa de que apenas forças policiais recebessem o montante, outras categorias reagiram, o que levou o governo a temer greve geral em pleno ano eleitoral, quando o presidente Jair Bolsonaro tentará mais quatro anos à frente do Planalto.

Algumas categorias, como as de servidores do Banco Central, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), já mobilizaram movimentos para pressionar o governo.

O reajuste custaria quase R$ 7 bilhões – o que, segundo Bolsonaro, iria exigir cortes em vários ministérios e “atrapalhar o funcionamento do Brasil”.

O Executivo tem frisado que tanto uma reestruturação nas carreiras quanto reajustes salariais estão previstos no orçamento do próximo ano.






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