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Algumas certezas num mar de obscurantismo

A era da civilização está de volta. A ignorância e o obscurantismo fazem parte do passado. É tempo de reconstrução. De Ciência. De Educação. Viva a Democracia!


Algumas certezas num mar de obscurantismo
Imagem de Syaibatul Hamdi por Pixabay

Sintrafesc

A democracia brasileira foi atacada durante os últimos 4 anos. A ciência foi desprezada. O fundamentalismo religioso e o preconceito de classe tentaram
excluir e banir o oponente, o diferente, o pensamento diverso enfim. Os atos contra a democracia começaram já no primeiro ano do atual governo, com o próprio presidente da república insuflando os seus seguidores com pautas antidemocráticas, inclusive em afronta ao STF, um Poder da República criado dentro das leis constitucionais.

O país hoje recebe de herança um quadro de terra arrasada. Nenhuma frente ministerial, de nenhuma área de atuação, aponta para uma mínima evolução ou aprimoramento das suas ações. Na Saúde não há orçamento para o SUS, nem para as Farmácias populares. Isso sem falar do negacionismo institucional, da falta das vacinas e da propina na compra delas, tudo isso em plena pandemia.

As universidades públicas foram também gravemente atingidas, assim como todo o Ministério da Educação, violentado pela corrupção generalizada onde pastores evangélicos destinavam verbas em troca de barras de ouro. O que dizer então do Meio Ambiente, com suas queimadas recordes no Pantanal e na Amazônia? O mundo todo ficou estarrecido com o que acontece no Brasil. Todos viram e ouviram a indicação do ministro para passar a boiada, as medidas para o desmantelamento dos órgãos de proteção e fiscalização e, ao mesmo tempo, a indulgência com mineradores, traficantes de drogas, milicianos e madeireiros ilegais. O presidente, por sua vez, se gabava de ter acabado com as multas, não com os crimes, como era o seu papel.

Não poderíamos deixar de mencionar também os brutais assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, conhecidos pelo ativismo relacionado à Amazônia. O crime tornou-se um marco da violência na região e foi motivo de grande mobilização mundial. Os servidores da Funai entraram ativamente nessa luta e paralisaram as atividades em todo o país, numa ação histórica do órgão.

Enfim, não caberia espaço nestas linhas para enumerar os inacreditáveis prejuízos que o governo Bolsonaro impôs ao Brasil. Prejuízos de toda ordem. A incredulidade dos seus atos extrapolou a figura de um presidente somente incapaz e pôs em xeque a própria dignidade do cargo, tamanha incompetência e desvario expostos em incontáveis passeios de moto e moto aquática, enquanto o país sofria e assistia a tudo atônito.

A certeza por fim é que, mesmo com todas as ameaças, mesmo com o uso criminoso de vários órgãos de Estado, das verbas e do orçamento federal para a compra de votos, o ódio e a ignorância perderam. O tamanho da festa e a emoção da vitória foram típicas das nações que conseguiram vencer o
mal. O mal que jamais deve voltar, o mal que nos torna inimigos ao invés de apenas adversários, o mal que nos torna alvos da violência em substituição ao diálogo e ao entendimento. O mal que impede a exposição dos argumentos, posto que, como disse Cazuza, suas ideias não correspondem aos fatos.

A era da civilização está de volta. A ignorância e o obscurantismo fazem parte do passado. É tempo de reconstrução. De Ciência. De Educação.

Viva a Democracia!






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