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A Cultura vive

Secretária de Administração da Condsef/Fenadsef, Jussara Griffo, reúne-se com servidor e parlamentar em defesa do Ministério da Cultura, de seus trabalhadores e de um Plano Nacional que proteja a diversidade do País


A Cultura vive
Jussara Griffo em reunião no gabinete da deputada federal Áurea Carolina

Condsef/Fenadsef

Dissolvida como pasta autônoma e transformada em Secretaria Especial do Ministério da Cidadania, a Cultura sobrevive aos ataques de um governo que tenta asfixiar a diversidade brasileira. Na última quarta-feira, 13, a Secretária de Administração da Condsef/Fenadsef, Jussara Griffo, se reuniu com a deputada federal Áurea Carolina (Psol-MG) e com o servidor do MinC Sérgio Pinto para debater a criação da Comissão de Cultura da Câmara e levar as demandas dos servidores públicos federais afetados pela extinção do órgão.

Durante o encontro, a dirigente sindical da entidade que abarca os trabalhadores do Ministério encerrado articulou com os presentes estratégias para a defesa da pasta. Os participantes discutiram sobre o Plano Nacional de Cultura e sobre a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Cultura. Foi ressaltada a necessidade de realização de uma audiência pública que deve abordar a nova estrutura do Ministério, além de refletir junto com a sociedade novas formas de incentivo à Cultura. A Comissão de Cultura da Câmara Federal foi instaurada no dia seguinte e Áurea assumiu a 2ª vice-presidência, ao lado de Benedita da Silva, presidenta, e Maria do Rosário, 1ª vice.

Nas redes sociais, a deputada federal comentou: "A cultura atravessa todas as dimensões da luta por cidadania e precisa estar na centralidade do Estado brasileiro. Vamos enfrentar o desmonte das políticas públicas da área cultural e valorizar as expressões das artes e dos modos de vida, a cultura viva que floresce e resiste nas ruas, nos quilombos, nas aldeias."

Poder de transformação social

O filósofo estadunidense Arthur Danto já disse uma vez que a arte é perigosa, e por isso mesmo tentam descredenciá-la como supérflua. Assim como o pensamento patriarcal hegemônico se empenha em dizer que as mulheres devem sempre ser belas, para que não tenham consciência de seu poder de transformação social, assim também fazem com a arte e a cultura, constantemente criminalizadas e censuradas pela onda reacionária. Se alguns pensam ser insano defender a cultura em terra de famintos, a perspectiva progressista segue firme na conscientização de que é pela cultura que se alcança a verdadeira igualdade e a emancipação do pensamento crítico. 

Ainda pela sua página de Facebook, a deputada Áurea Carolina, comprometida com as demandas da Condsef/Fenadsef, homenageou a companheira de luta executada há um ano e ressaltou a importância da cultura brasileira. "Marielle, sua força e trajetória, sua luta pela cultura periférica, vinda da favela, dos becos, das quebradas, estava ali entre nós. Neste contexto, em que a democracia brasileira atravessa um momento tão difícil, estou feliz de poder trazer, nessa construção coletiva que faremos uma discussão sobre a cultura que transforma as nossas vidas, contra a cultura do ódio, do culto às armas e à violência, nós precisamos repor uma cultura de convivência democrática."

A Comissão de Cultura da Câmara Federal terá reunião no próximo 20 de março. Na pauta constam nove requerimentos, que envolvem desde instituição de Manifestos Culturais a produção de Relatórios Anuais, realização de audiência pública sobre políticas de patrocínio e instauração de encontros constantes com a classe artística.






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