Sem atender reivindicações dos servidores do Plano de Classificação de Cargos (PCC) da Agricultura e fornecendo reajuste de 20% para Fiscais Agropecuários, governo agrava o abismo de distorções salariais no serviço público federal. A CONDSEF, que representa os servidores do PCC nos níveis auxiliar, intermediário e superior, questiona o tratamento diferenciado. O atendimento das reivindicações de apenas um segmento não é aceito pela categoria uma vez que as funções desempenhadas pelos PCC´s nas chamadas "atividades meio", na área administrativa, são tão estratégicas para o bom funcionamento do Ministério da Agricultura quanto as desempenhadas pelos fiscais agropecuários.
PCC´s da Agricultura de
todo o Brasil realizaram este ano a maior greve da história da categoria. Na tentativa de sensibilizar o governo para as demandas mais urgentes do setor, os funcionários paralisaram suas atividades por mais de um mês.
Sem nenhuma sinalização efetiva do governo cerca de sete mil servidores, total de funcionários lotados no órgão, seguem cada vez mais desestimulados em seus postos de trabalho e inconformados com o descaso com que vêm sendo tratados. Entre as principais reivindicações está o aumento da Gratificação de Atividades Técnico-Agropecuárias (GEAATA), a título de antecipação de um plano de carreira específico para o setor, discussão que vem se arrastando por mais de um ano nas mesas de negociação.
"Não estamos discordando da conquista legítima dos fiscais
agropecuários, no entanto, o que queremos
saber é porque os servidores do PCC continuam amargando mais de 10 anos sem reajuste em seus salários e sem qualquer sinal de investimento em melhorias para que as graves distorções que assolam o serviço público comecem a ser sanadas", questiona Ismael César, diretor da Confederação e que acompanha de perto as negociações dos PCC´s da Agricultura.
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