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Todo apoio à greve de empregadas/os dos Correios!

Trabalhadoras e trabalhadores da empresa pública lutam contra o corte expressivo de direitos e contra a privatização da estatal; ato online em solidariedade será realizado nesta quinta-feira, 27, às 17 horas


Todo apoio à greve de empregadas/os dos Correios!
Imagem: Divulgação

Condsef/Fenadsef

A Condsef/Fenadsef manifesta seu apoio e solidariedade à luta das empregadas e empregados dos Correios, ameaçados de perderem 70 dos 79 benefícios do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) decidido de forma unilateral pela direção da empresa, comandada pelo general Floriano Peixoto. A paralisação teve início no último 17 de agosto e dura por tempo indeterminado.

Hoje, 27, a partir das 17 horas, centrais sindicais e convidados fazem ato online unificado em apoio à classe trabalhadora. A transmissão do ato será feita pelo Facebook e pelo Youtube da CUT. O Secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, ressalta a legitimidade da paralisação de cerca de 115 mil funionários em todo o País. "É uma greve justa e vai servir de inspiração para os setores oprimidos neste governo de Jair Bolsonaro, em especial para os trabalhadores das empresas públicas que enfrentam dificuldades de negociação de acordos coletivos", declarou.

A Confederação há meses luta por diálogo com as direções das empresas públicas cujos trabalhadores constituem sua base. O caso mais emblemático é o dos empregados da Conab, que se recusa a reconhecer a representação sindical. "Damos todo o apoio necessário à paralisação dos Correios. Não vão destruir os direitos dos empregados públicos", ressalta. 

Para além da questão corporativa da categoria de trabalhadores, os grevistas também se posicional contra a privatização do patrimônio público histórico do nosso País. Os Correios estão na mira de entregas do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Dissídio coletivo

O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) que faça a mediação do impasse envolvendo a greve dos trabalhadores dos Correios. Na última terça-feira, 25, e empresa ajuizou Dissídio Coletivo de Greve no TST. A companhia diz que, desde o início de julho, tem tentado negociar com os trabalhadores e que apresentou uma proposta que visa "adequar os benefícios dos empregados à realidade do país e da estatal".

"A greve foi a saída que a categoria encontrou para enfrentar a empresa que  está se aproveitando da pandemia para retirar direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras", diz Amanda Corcino, diretora da CUT Nacional e Secretária de Mulheres da Federação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect).

De acordo com Corcino, a empresa não está tendo prejuízo para querer readequar benefícios. “A empresa age de má fé. Ao passo que quer retirar benefícios de trabalhadores que ganham baixos salários, ela faz contratação de 9 novas assessorias com salários altos e aparelha a empresa com militares da reserva”, diz Amanda. 

Mulheres são as mais prejudicadas

A dirigente afirma, ainda que os Correios reduziram benefícios de auxílio alimentação e idade das crianças para acesso ao auxílio creche, deixando mães de uma hora para outra desassistidas. Além disso, de forma cruel, o auxílio a dependentes com necessidades especiais, que ajuda no pagamento de cuidador e tratamentos que garantem melhor qualidade de vida.

“São retiradas de direitos, muitas vezes, que sequer têm impacto financeiro, mas deixam a empresa mais atrativa para a privatização”, afirma Amanda, que reforça que o foco da campanha salarial é a defesa da vida e a luta pela manutenção de direitos e de empregos.

(Com informações da CUT)






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