Sintrasef-RJ

Em apoio à cultura como um conjunto de bens populares reconhecidos pelo governo para fortalecer o Brasil, e não como produtos a serem mercantilizados por empresas, o Sintrasef participou nos dias 19 e 20 de setembro da reunião do conselho consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), realizada no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Essas reuniões acontecem cerca de quatro vezes por ano e definem quais são os bens que representam a identidade e tem relevância para a formação da cultura nacional. Na ocasião foram registrados três bens imateriais: a Literatura de Cordel, o Sistema Agrícola Tradicional das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira (SP) e a Procissão do Senhor dos Passos (SC); e tombados três bens materiais: o Acervo Arthur Bispo do Rosário (RJ) e os terreiros de candomblé Ilê Obá Ogunté Sítio Pai Adão (PE) e Tumba Junsara (BA).

Os registros e tombamentos são feitos após processos que estudam toda a história e contextualização do bem candidato, passando por câmaras setoriais e técnicas antes de receberem os pareceres nas reuniões do conselho consultivo, que é formado por representantes da sociedade civil e por órgãos públicos. Com o registro ou tombamento os bens passam a contar com um plano de salvaguarda, um conjunto de medidas para garantir produção e reprodução desse bem cultural.

Servidor do Ministério da Saúde, diretor do Sintrasef e integrante do terreiro Tumba Junsara, Carlos Henrique entende que “o Sintrasef e todos os órgãos e representações públicas devem apoiar a questão política de se garantir a multiplicidade cultural e religiosa no Brasil, porque os servidores públicos fazem parte dessa multiplicidade, como toda a população, e isso que forma a força do país”.