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Servidores retomam negociação salarial



Luciano Pires
Da equipe do Correio


A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) detalhou ontem quais serão os impactos nos contracheques dosO ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, não quer ceder (Foto: Carlos Moura/CB/31.3.05) funcionários do Executivo regidos pelo Plano de Classificação de Cargos (PCC), caso o Ministério do Planejamento concorde com a contraproposta apresentada pela entidade na segunda-feira. De acordo com análise da assessoria econômica da Condsef, os trabalhadores poderão ter ganhos superiores a R$ 1.400.

O plano alternativo foi discutido com técnicos da Secretaria de Recursos Humanos (SRH), que prometeram estudar os argumentos e retomar a discussão em um novo encontro no próximo dia 12. O gesto marcou a retomada das negociações entre a SRH e os servidores. Na semana passada, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, havia dito que o reajuste para o PCC estava definido e que tão logo o orçamento da União fosse aprovado um projeto de lei com todas medidas seria imediatamente enviado ao Congresso Nacional.

A Condsef traçou dois cenários para calcular em valores nominais quais serão os ganhos dos trabalhadores. No primeiro exercício — que não leva em conta o aumento do salário mínimo de R$ 300 para R$ 350 —, um servidor de nível superior em início de carreira terá a mais em sua remuneração R$ 1.280,00. Em final de carreira, esse mesmo servidor acrescentará R$ 1.400,00 no contracheque. Já o trabalhador de nível auxiliar, em início de carreira, terá direito a R$ 404,00 de aumento. Outro, em final de carreira, receberá R$ 440,00.

A segunda projeção leva em conta o aumento do salário mínimo, anunciado pelo governo depois da edição de uma medida provisória. Os cálculos apontam para ganhos de R$ 1.410,00 para o servidor de nível superior em início de carreira e de R$ 570,00 para o servidor de nível auxiliar em final de carreira. Todos os reajustes valem para ativos, inativos e pensionistas.

Em uma plenária nacional, os trabalhadores ligados à Condsef aprovaram a contraproposta e decidiram pela manutenção da greve iniciada no dia 15 de março. A paralisação é uma forma de pressionar o Ministério do Planejamento a concluir logo o plano de reajuste para os servidores do PCC. Desde outubro do ano passado o governo busca uma solução.

Na próxima terça-feira (11), grevistas de vários estados do país planejam uma grande manifestação na Esplanada dos Ministérios. A Condsef espera reunir cerca de 2 mil pessoas. No Distrito Federal o movimento conseguiu adesões nos ministérios da Fazenda, Educação, Planejamento, além de Indústria e Comércio Exterior. De acordo com o governo, a greve é localizada e não tem afetado o funcionamento da máquina pública.






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