Decisão será levada ao governo na segunda-feira e inclui diferença menor entre os índices para os funcionários ativos e inativos
LUCIANO PIRES
DA EQUIPE DO CORREIO
Reunidos em uma plenária que durou o dia inteiro, delegados sindicais de quase todos os estados do país aprovaram ontem a contraproposta formulada pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), como alternativa à oferta do governo para os servidores do Plano de Classificação de Cargos (PCC).
Os detalhes não foram divulgados, mas, segundo um sindicalista, buscou-se equilibrar entre ativos e inativos os índices anunciados pelo Ministério do Planejamento. A maior queixa da Condsef é justamente a
distância salarial
existente entre os servidores que estão em atividade e os que já se aposentaram. “Vamos encaminhar nossa contraproposta na segunda-feira ao governo. Tentaremos negociar para manter a paridade”, disse Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef.
Na semana passada, a Secretaria de Recursos Humanos (SRH) anunciou a conclusão das medidas que vão reformular carreiras e reajustar salários do PCC — formado por cerca de 290 mil pessoas. Anunciou também que pretende substituir a GDATA, uma gratificação produtivista, por outra mais eficiente e justa. Além disso, a SRH informou ainda que o ganho na remuneração final de um servidor da ativa — de dezembro de 2002 a fevereiro de 2007 — poderá chegar 137,8%. O impacto previsto é de R$ 1,1 bilhão, diluído em 2006 e 2007. Os servidores do PCC estão em greve desde o dia 15 de
março.