Home > Notícias > Servidores dirão "não" ao desrespeito e ao desmonte dos serviços públicos

Servidores dirão "não" ao desrespeito e ao desmonte dos serviços públicos

Os atos, já confirmados em 22 capitais e no Distrito Federal, além de cidades do interior, são uma resposta da população às ameaças de golpe à democracia brasileira


Servidores dirão
Reprodução/DR

Sindsep-PE

Com salários congelados há quase seis anos, os servidores públicos federais irão acumular uma perda inflacionária, até o próximo mês de dezembro, de mais de 32%. Depois de se negar a promover uma reposição inflacionária dos salários neste ano, Bolsonaro entra para a história como primeiro presidente, em mais de vinte anos, a não conceder nenhum percentual de reposição ao funcionalismo público.

Além disso, esse é o governo que mais cortes promoveu em investimentos no setor público e ficará marcado como o pior governo da história para os servidores e serviços públicos. O aprofundamento de uma política ultraliberal, o descaso e ataques constantes aos servidores e aos serviços públicos, a proposta da reforma Administrativa (PEC 32) não deixam dúvidas sobre as intenções desse governo em destruir o que foi consolidado durante anos como o Estado brasileiro. 

Ao sancionar o Orçamento de 2022, o presidente Jair Bolsonaro promoveu um corte de R$ 3,2 bilhões nas contas do ano, atingindo principalmente os ministérios de Trabalho e Previdência, Educação, Desenvolvimento Regional e Cidadania. Entre as áreas afetadas, foram barradas verbas para meio ambiente, assistência social, saúde, direitos humanos e obras públicas.

Com Bolsonaro, o Estado atingiu a menor marca da história em gasto com pessoal. E o ministro da Economia, Paulo Guedes declarou que pretende reduzir ainda mais. É que ele pretende aprovar a reforma Administrativa, que ele mesmo chama de “invisível”, logo após as eleições. Menos concursos públicos também estão entre as grandes marcas desse governo.

Nas ruas e nas urnas

Diante da situação em que o Brasil se encontra, os servidores públicos federais brasileiros irão dar uma resposta a este governo nas ruas e nas urnas. Nesta quinta-feira (11), milhares de pessoas irão às ruas de diversas capitais e cidades do interior do Brasil em defesa da democracia, do sistema eleitoral e por eleições livres. Os atos, já confirmados em 22 capitais e no Distrito Federal, além de cidades do interior, são uma resposta da população às ameaças de golpe à democracia brasileira lideradas por Bolsonaro, que promove ataques quase que diários e sem provas contra as urnas eletrônicas, o sistema eleitoral e os ministros das cortes superiores de Justiça. 

No Recife, acontecerá uma mobilização, a partir das 15h, na rua da Aurora, em frente ao Ginásio Pernambucano. Mais cedo, às 11h, haverá a leitura da "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito" nas escadarias da Faculdade de Direito do Recife/UFPE. A carta é uma iniciativa da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e será lida em um evento que acontecerá na USP no mesmo dia e horário. O documento, que já conta com mais de 850 mil assinaturas, deverá ser lido em diversas manifestações pelo Brasil. Para assiná-lo basta acessar AQUI

Os servidores também darão uma resposta ao governo Bolsonaro nas urnas para que este seja o último ano de perseguição desenfreada contra a categoria. 

"Além de participar das mobilizações de rua em favor da democracia e eleições, os servidores precisam optar por um presidente que respeite e valorize a categoria. Que nos receba e oriente seus ministros a negociarem as nossas demandas. Além disso, precisamos escolher deputados e senadores alinhados com os trabalhadores e trabalhadoras", destacou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 






NOSSOS

PARCEIROS