Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada na Câmara dos Deputados na semana passada prevê alteração da data de pagamento dos salários dos servidores do Poder Executivo para o fim do mês em que trabalharam, e não mais no início do mês seguinte, como ocorre há mais de dez anos. “Os servidores reclamam que são punidos porque não recebem no mesmo mês, como ocorre no Legislativo e no Judiciário”, afirma o autor da PEC, deputado Sigmaringa Seixas (PT-DF). A proposta agrada aos servidores do Executivo, que vêem uma forma de diminuir as diferenças em relação aos colegas dos outros poderes.

“São pequenas coisas, que vão abrindo precedente para termos tratamento parecido com outros poderes. Sempre temos negociações e reajustes diferentes”, afirma Josemilton Costa, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Responsável pelo pagamento dos trabalhadores, o Ministério do Planejamento não quis se pronunciar por se tratar de uma proposta que ainda precisa ser avaliada no Congresso. Caso seja aprovada, no ano de implantação o governo terá que arcar com uma folha de pagamento a mais – custo médio de R$ 6 bilhões.