As medidas provisórias que afetam a vida de mais 1 milhão de servidores públicos foram aprovadas pelo
Senado, esta semana, sem emendas. Isso significa que as principais mudanças reivindicadas pela categoria não foram contempladas. A esperança de reverter este quadro está agora na expectativa de que seja apresentada uma nova medida provisória, já apelidada de "remendão", que incluiria as modificações consideradas imprescindíveis. A informação foi apresentada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), poucas horas antes da
votação das MPs, na
terça-feira, a diretores da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Jucá (foto) afirmou aos sindicalistas que, no entendimento do governo, a aprovação das MPs sem alteração seria a melhor saída para que não perdessem sua validade, uma vez que o prazo de 120 dias para votação se encerraria no final deste mês. Desde julho, a entidade vem alertando para diversos problemas contidos nos textos dessas MPs. Entre os mais graves está o uso do termo “cria carreira”. Análise jurídica aponta que o uso da palavra “cria” pode obrigar o servidor a trabalhar por mais 15 anos para ter direito a aposentadoria integral.
Reunião discutirá mudanças - Os servidores já se preparam para novas mobilizações. O líder do governo no Senado,
Romero Jucá, marcou para
segunda-feira, às 10h, nova reunião na liderança do governo no Senado. O objetivo é discutir as mudanças que devem ser incluídas no "remendão". A Condsef quer que o governo assegure que nenhum servidor terá prejuízo do ponto de vista funcional ao assinar qualquer termo de compromisso para adesão das novas MPs. “Queremos soluções objetivas e concretas para os problemas que foram levantados e ainda não vimos isso acontecer”, disse Josemilton Costa, secretário-geral da confederação.