Metrópoles
A reforma administrativa marcará uma verdadeira batalha entre o funcionalismo público e o governo federal. Os servidores arquitetam uma estratégia para embarreirar o projeto do poder público, que prevê, entre outras coisas, o fim da estabilidade para futuros funcionários. Um dos pensamentos que mais influenciam o grupo de funcionários estatais parte do economista Eduardo Moreira (foto em destaque).
Eleito pela revista especializada Investidor Institucional um dos três economistas mais importantes do país em 2016, ele é palestrante, autor de best-sellers, ex-sócio do Banco Pactual e goza de influência no mercado financeiro há duas décadas. Hoje ele é uma das “cabeças pensantes” do movimento contra a reforma. O assunto deve se tornar uma das principais pautas do Congresso nos próximos meses.
Eduardo esteve em Brasília na última semana para o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público. Durante a passagem pela capital federal – ele vive em São Paulo – o economista conversou com o Metrópoles.
Para ele, a reforma administrativa desenhada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é parte do que chamou de “armadilha” contra os mais pobres, algo que, na sua avaliação, começou com o teto de gastos, a Emenda Constitucional 95. O dispositivo é válido por 20 anos e impede aumento nos gastos acima da inflação.