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Reajuste de servidores segue em impasse porque 'proposta de 5% desagradou', diz Bolsonaro

Presidente busca solução para contemplar Policiais Federais, categoria que está na sua base eleitoral. Pressão de servidores por aumento tem afetado serviços


Reajuste de servidores segue em impasse porque 'proposta de 5% desagradou', diz Bolsonaro
Reprodução/GloboNews

G1

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (29) que o reajuste do funcionalismo público segue em “impasse” porque a proposta do governo, de conceder aumento de 5% para todas as categorias do Executivo federal, “desagrada a todo mundo”.

Bolsonaro deu a declaração durante entrevista a uma rádio de Cuiabá (MT), quando foi perguntado sobre a o reajuste e reestruturação das carreiras de policiais federais e policiais rodoviários federais.

O presidente lembrou que reservou recursos para as mudanças nas carreiras dos policiais, porém teve de lidar com a insatisfação de outras categorias, como servidores do Banco Central, o que o fez avaliar um reajuste de 5% para o funcionalismo público todo.

"Apareceu uma outra oportunidade, que parece que desagrada a todo mundo, a possibilidade de dar 5% para todo mundo. Desagrada a todo mundo essa possibilidade”, disse o presidente.

Bolsonaro defendeu conceder um aumento aos servidores por causa da alta da inflação no país – o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, acumula alta de 12,03% em 12 meses.

“Alguns falam: 'então dá zero'. Não, a gente não pode fazer isso aí, porque tem gente que, se for nessa linha, 5% interessa para eles. Você pode ver, nos dois últimos meses a inflação passou de 3%. Então, negócio está pegando pesando em todo mundo”, declarou o presidente.

Bolsonaro ainda afirmou que “não tem como dar mais do que temos no momento." De acordo com ele, o reajuste de 5% custará em torno de R$ 7 bilhões e será necessário cortar recursos de todos os ministérios para viabilizá-lo.

O presidente ainda informou que estuda outra alternativa, mas que teme que ela desagrade aos policiais federais.

“Outra possibilidade agora que vai desagradar a Polícia Federal: mantém em 5% para todo mundo e faz a isonomia dos policiais rodoviários federais com os agentes da Polícia Federal, que há um certo distanciamento ali. Isso, da minha parte, faço agora. Como vai se comportar a Polícia Federal? Ela vai dizer que está contra, não quer? Vai entrar em greve? O que vai acontecer?”, questionou.






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