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Reajuste salarial: servidores federais realizam semana de mobilização por aumento

Na pauta nacional, os professores pede reajuste de 22,71% dividido em três anos, enquanto governo oferece 9% fracionado em duas vezes, com a primeira parcela paga em 2025


Reajuste salarial: servidores federais realizam semana de mobilização por aumento
Foto: Samuel Setubal

O Povo

Os servidores públicos federais realizam uma semana de mobilização em prol do reajuste salarial. As ações acontecem entre esta terça-feira, 16, e seguem até a quinta-feira, 18, em Brasília.

A mobilização dá início à jornada "0% de reajuste não dá!", convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

No primeiro dia, às 16 horas, a Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara Federal realiza audiência pública sobre a mobilização de servidores de universidades e institutos federais.

Já na quarta-feira, 17, às 9 horas, o servidores federais marcham com caravanas de estados brasileiros. A Catedral de Brasília é o ponto inicial do trajeto, que seguirá para o Ministério da Gestão, na Esplanada dos Ministérios.

Para a quinta-feira, as categorias planejam atividades setoriais pela reestruturação das carreiras. Além dessas datas, está prevista uma semana de atividades locais na instituições entre os dias 22 e 26 de abril.

Educação

Servidores da rede federal de ensino iniciaram uma greve nacional nesta segunda-feira, 15. O grupo é composto por técnicos e professores da União, ou seja, trabalhadores de escolas, institutos e universidades federais. Ao todo, 200 mil servidores aderiram à paralisação.

O grupo pede reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas de 7,06% a serem pagar em 2024, 2025 e 2026. Além disso, eles solicitam a revogação da portaria do Ministério da Educação (MEC) nº 983/2020. O documento estabelece aumento de carga horária mínimas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, informou, na terça-feira, 11, não haver espaço no orçamento federal para realizar reajuste salarial em 2024. O governo propôs reajuste de até 19% até o fim do governo, em parcelas de 9% em 2023 e 4,5% em 2025 e 2026.

Conforme o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta do governo foi de reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio alimentação, saindo de R$ 658, para R$ 1000; no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar.

A rejeição aconteceu durante reunião com a presença de 34 seções sindicais do setor, que também aprovaram o movimento paredista.

Ministério da Gestão

Além de formalizar a proposta, o Ministério da Gestão informou, por nota, que assumiu compromisso de abrir até julho todas as mesas de negociação específicas de carreiras.

O órgão disse ainda que há 10 meses trata de reajustes para a educação com acordos, sendo oito em andamento. Também informa que foi criado um grupo de trabalho para lidar com a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).

“O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra da Gestão, Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação”.

A nota diz que o Ministério continua aberto ao diálogo com os servidores, “mas não comenta processos de negociação dentro das Mesas Específicas e Temporárias".

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