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Qual categoria foi mais impactada com pandemia? Programa Bem Viver discute estudo inédito

A pesquisadora Marcela Alves Andrade aponta que a atividade de docência é a que mais sofreu com a crise sanitária


Qual categoria foi mais impactada com pandemia? Programa Bem Viver discute estudo inédito
Foto: Pixabay

Brasil de Fato

Perda de memória, queda de cabelo e cansaço com mais frequência. Esses são alguns sintomas ou sinais de adoecimento relacionado à carga de trabalho com a pandemia de covid-19. Mas qual a dimensão das consequências da crise sanitária na saúde mental de trabalhadores e trabalhadoras a longo prazo? 

O Bem Viver desta terça-feira (13) traz um estudo inédito sobre os efeitos da relação família-trabalho durante a crise sanitária. Após um acompanhamento de diferentes profissionais, pesquisadoras da Universidade Federal de São Carlos, em São Paulo, constataram que foram professores e professoras a categoria mais afetada com as mudanças na rotina de trabalho. 

"Professores foram os mais afetados na organização, porque tiveram que mudar o modo de executar a atividade, que antes era presencial, tendo contato direto com a pessoa. Muitos professores através de livros, passavam as atividades no quadro, faziam seminário, rodas de conversa e tudo aquilo teve que passar para o formato virtual, muitas vezes sem ter o controle de que o aluno estava participando ou não", aponta Marcela Alves Andrade, autora da pesquisa e entrevistada da edição. 

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O estudo em questão analisou a situação, principalmente, na fase inicial da pandemia, quando houve uma migração massiva das atividades para o chamado home office. Por meio de um questionário testado internacionalmente, a equipe entrevistou quase duas mil pessoas, e por meio das respostas foi feito uma análise de como as alterações da pandemia prejudicaram trabalhadores e trabalhadoras nas relações profissional e familiar. 

"Todos nós fomos expostos à pandemia de forma direta ou indireta de adoecimento relacionado ao trabalho. Assim como no pós-segunda guerra mundial, tivemos uma mudança na mão de obra do mundo inteiro. No pós-pandemia também estamos tendo alguns conflitos mentais que podem impactar o trabalho de longo prazo", ressalta Marcela.   

Uma etapa do estudo  foi concluída, afirmando o maior impacto para docentes. Mas o estudo segue. Agora, por mais alguns meses, outros questionários serão aplicados para entender os efeitos da pandemia a longo prazo. O objetivo é decifrar como a retomada de atividades presenciais pode deixar a saúde mental de trabalhadores e trabalhadoras ainda mais ameaçada. 

Sintonize  

O programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo. 

A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.  






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