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Presidente da CUT Amapá faz uma análise sobre 2018

Em 2018 tivemos alguns episódios que corroboram com a avaliação de que ?o mar não esteve para peixe?, pelo menos para o povo brasileiro


Presidente da CUT Amapá faz uma análise sobre 2018
Reprodução / DR

Sindsep-AP

Estamos chegando ao final do ano, momento em que cada um aproveita para fazer um balanço do ano que se despede. Para cada um de nós trabalhadores não foi um ano fácil. Tá tenha sido um dos mais conturbados dos últimos decênios. Só é possível chegarmos a essa conclusão mediante uma concepção classista que assumimos a partir daquilo que nossa entidade defende, a saber a valorização do trabalhador (a) e a qualidade das políticas públicas voltadas à população.

Em 2018 tivemos alguns episódios que corroboram com a avaliação de que “o mar não esteve para peixe”, pelo menos para o povo brasileiro. Lembremos, por exemplo, que no início do ano se deu o julgamento em 2ª instância da maior liderança que este país construiu desde a redemocratização. O processo montado contra o presidente Lula, sem uma única prova de sua culpa, vem sendo classificado por importantes juristas como um caso claro de LAWFARE, isto é, quando o sistema de justiça se articula para prejudicar alguém.

Não satisfeitos com sua prisão injusta e portanto, política, contrariando o princípio da presunção de inocência, propugnada pela Constituição, impediram Lula de concorrer nas eleições presidenciais de outubro. Tudo à revelia da determinação da ONU. A razão dessa armação é evidente, Lula era o preferido da população, que via nele a esperança de reversão das medidas draconianas impostas pelo presidente Golpista Michel Temer prejudicando os trabalhadores(as).

Seguindo o script conspiratório para impedir o resgate do projeto de nação democrática e soberana, sem o principal jogador em campo, as eleições se deram num ambiente contaminado pelas Fake News orientadas pelo estrategista de Trump, Steve Bannon, e pagas regiamente pelos empresários apoiadores do candidato neofacista.

E apesar de todas as investidas mentirosas urdidas contra um projeto popular em disputa, que na ausência de Lula, foi representado pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o campo progressista demonstrou uma bela unidade e obteve 47 milhões de votos nas urnas. Nossa luta, no entanto, não se resume às eleições. E a busca para implementar o projeto por uma sociedade mais justa e inclusiva permanece.

Por conseguinte, como "tudo o que é sólido se desmancha no ar", as mentiras do “paladino da moralidade” começam a ruir. Sejam as nomeações de ministros que respondem por crimes contra a administração pública ou, o que é mais grave, os filhos do presidente eleito que usaram laranjas para arrecadar recursos, se constata agora que máscara do então Juiz Moro, que condenara Lula, quebrou de vez ao assumir o cargo político para futuro Ministro da Justiça. Bem como seu silêncio complacente sobre os crimes da família Bolsonaro, revelam sua obsessão desde sempre pelo poder. Assim, esse futuro governo já começará podre.


Mas esses sinais antecipados de um futuro governo anti povo, abre caminho para rearticularmos uma unidade importante de ação entre as entidades sindicais e movimentos sociais. Unidade que deverá se traduzir em resistência para que nossos direitos e nossa aposentaria não sejam subvertidos. A medida que o ano vai se encerrando, novos ares de esperança para próximo período sobrevêm e renovam nossas forças. Certamente será um futuro de luta, por outro lado é possível superar os desafios construir novos tempos.

Portanto, nesses momentos de festas natalinas, sob as bênçãos do Cristo da paz, da luz, do amor e da justiça, teremos esperança de frutos bons para 2019, frutos que certamente não se resumem a uma goiabeira...

A todos nós boas festas, boas lutas e excelentes conquistas!

Geovane Grangeiro
Presidente da CUT/AP e Sec, Adj. 
De Relações Internacionais do Sindsep/AP






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