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Postura de Bolsonaro em relação ao Iphan mostra descaso com todo o serviço público

Toda a nossa solidariedade aos servidores


Postura de Bolsonaro em relação ao Iphan mostra descaso com todo o serviço público
Foto: Evaristo Sa/AFP

Sindiserf-RS

O presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu na quarta-feira (15) que realizou trocas na direção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) após saber de reclamações do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, sobre a paralisação de uma obra na cidade de Rio Grande (RS) por conta de um achado arqueológico.

A declaração foi feita por Bolsonaro em discurso a empresários, durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A situação ocorreu em 2019 e no ano passado, em reunião ministerial de 22 de abril, o presidente já havia sugerido que a interferência no Iphan foi motivada por interesses de Hang, um dos apoiadores mais ferrenhos e conhecidos do presidente.

Na ocasião, o Instituto explicou em nota que a obra havia sido suspensa pela própria empresa, seguindo o termo por ela assinado em que se comprometia a “contratar profissional de arqueologia para o devido monitoramento dos trabalhos e interromper a obra em caso de achados de bens arqueológicos na área do empreendimento”.

O secretário-geral do Sindicato dos Servidores Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS), Marizar Mansilha de Melo garantiu que a postura do presidente diante do bem público é absurda. “O trabalho realizado pelo Iphan é de respeito e cuidado com o patrimônio e o bem brasileiro”, destacou ele.

Marizar enfatizou ainda que o Sindiserf/RS está ao lado dos servidores contra qualquer abuso por parte do governo. “É um total desrespeito o que aconteceu com o Instituto, colocando os servidores e o patrimônio brasileiro em segundo plano para beneficiar um empresário sonegador e apoiador de um governo corrupto”, afirmou.

Já o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva é lamentável que um gestor público se comporte como Bolsonaro. Para ele, isso também deixa evidente a intenção do governo “de acabar com os serviços públicos”.

“Por isso, a estabilidade do servidor é importante para acabar com maus gestores como Bolsonaro, para não ficar à mercê disso. Imagina se já tivessem aprovado a reforma administrativa? Por isso querem fazer a reforma, para excluir esse direito dos servidores e da sociedade”, disse Sérgio Ronaldo.

De acordo com o dirigente, é necessário fazer uma ofensiva contra esse tipo de postura e defender os serviços e servidores públicos. “Toda a nossa solidariedade aos servidores que passaram por isso. Seguiremos agindo com firmeza contra todos aqueles que querem destruir o serviço público”.

Com informações do Uol






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