Sintsep-GO

Na última sexta-feira, 15, o Sintsep-GO realizou sua primeira plenária sindical de base de 2021. A atividade, transmitida virtualmente pela plataforma Google Meet, contou com a participação de 49 delegados, de vários municípios do Estado.

O clima da plenária foi marcado pela indignação dos filiados contra as medidas que vem sendo adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro contra os servidores e os serviços públicos. A omissão do governo Federal no combate à Covid-19 e o boicote do governo à vacinação também foi tema de discussão na plenária, que culminou na concordância de que a sociedade deve pressionar o Congresso pelo impeachment de Bolsonaro o mais urgentemente possível.

“Além de sua incompetência, ele tem cometido sucessivos crimes de responsabilidade contra o país. Na conta dele estão mais de 200 mil brasileiros mortos pela Covid-19, pela falta de preparo e absoluto desinteresse do governo Federal em lidar com a situação. Se hoje temos vacina, ela se deve ao trabalho de servidores públicos do Instituto Butantã, da Fiocruz, e de várias instituições de pesquisa públicas brasileiras. Enquanto o presidente se entrega à vaidade e a futilidades, na disputa com o governo de São Paulo que – queiramos ou não – fez o dever de casa em relação à vacina, os brasileiros de Manaus e agora do Pará estão morrendo por falta de oxigênio. Tudo isso devido à perversidade do presidente, à incompetência de seus ministros e à paralisia do Congresso Nacional, que se omite nesse momento crucial do país. Ele prefere ignorar as milhares de mortes em suas costas, ameaçando um golpe de Estado. O Brasil não aguentará isso por muito tempo! Estamos diante de uma crise financeira e humanitária avassaladora em nosso país, causada pelo próprio presidente”, avalia o dirigente do Sintsep-GO, Ademar Rodrigues.

A discussão, inclusive, rendeu a aprovação de uma Moção de Repúdio, proposta pelo diretor e ex-presidente do Sintsep-GO, Edivaldo Bernardo de Lima, pelo “despreparo do Ministro da Saúde na condução e coordenação das ações de Saúde Pública do SUS referentes à vacinação contra a Covid-19”. A nota afirma que o Brasil está “cansado de tantas mortes”, e exige a retirada de Jair Bolsonaro da Presidência da República, visto seu grau tanto de responsabilidade quanto de omissão em meio às mortes causadas pela pandemia no país.

“Bolsonaro fez questão de divulgar seu negacionismo, que inclusive matou vários de seus apoiadores, realizou atos e aglomerações pelo país com a mais absoluta irresponsabilidade. Recentemente fez questão de dizer que ‘não podia fazer nada’; já havia dito anteriormente que ‘morrer é normal’ – no dia em que os óbitos por Covid-19 haviam batido recorde. É preciso lembrarmos que ele e Paulo Guedes queriam que o auxílio emergencial fosse de apenas R$ 200, mas o Congresso aprovou R$ 600, por pressão política da sociedade. Ele disse aos quatro ventos que não utilizaria a vacina Coronavac, desenvolvida pela China em parceria com o Butantã, e agora, por disputa política com o governador de São Paulo – tentando boicotar a iniciativa dos paulistas – determinou o confisco das doses produzidas em função de um ‘plano nacional de vacinação’ que nunca existiu – ação que contou, inclusive, com o apoio oportunista do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Desde o início ele foi agente da morte e não da vida; e agora todo o Brasil paga um preço extremamente amargo por isso”, afirmou Edivaldo. (Clique aqui para ler a íntegra da nota).

XII ConSintsep-GO

Outro ponto de discussão importante da plenária foi a deliberação da nova data do XII Congresso do Sintsep-GO. Também em função da pandemia, o evento teve que ser novamente adiado, agora para os dias 21, 22 e 23 de maio. “Acreditamos que nessa data toda a nossa base, sobretudo o grupo de risco, deverá ter recebido a vacina. Além do mais, faremos a transmissão do congresso ao vivo pelo nosso Facebook, o que permitirá o acompanhamento de todos os interessados”, explicou o presidente.

Em breve, o Sintsep-GO vai informar os prazos para o credenciamento dos delegados, bem como confirmações e desistências para participação dos delegados suplentes. “Vale ressaltar que, devido à pandemia, ficou definido na plenária anterior que todos os delegados de base são delegados natos ao Congresso. E, se eles não quiserem participar, ou não puderem, haverá uma data para o credenciamento dos delegados suplentes”, complementou Ademar.

Outro ponto de encaminhamento da plenária foi a participação do sindicato nos atos nacionais e locais exigindo “#Vacinação Já para Todos!”, contra a proposta de Reforma Administrativa do governo Federal, pela derrubada da Emenda Constitucional 95/2016 (Teto de Gastos), pela revogação das Reformas Previdenciária e Trabalhista, pela manutenção do auxílio emergencial de R$ 600, em defesa da democracia, da valorização dos serviços públicos e dos servidores. “Já foi deliberado que haverá Dia Nacional de Luta em referência ao 24/1, Dia Nacional do Aposentado. Esse é só o começo da luta! Vamos mobilizar o país inteiro contra o descalabro que representa o governo de Jair Bolsonaro para os trabalhadores brasileiros”, disse o vice-presidente e diretor da Condsef, Gilberto Jorge.