Home > Notícias > Passadas as eleições, brasileiros voltaram a sofrer com Bolsonaro

Passadas as eleições, brasileiros voltaram a sofrer com Bolsonaro

As movimentações da equipe de transição indicam que o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva, trata como tarefa imediata o freio nas constantes variações para cima em itens básicos como a alimentação e os combustíveis


Passadas as eleições, brasileiros voltaram a sofrer com Bolsonaro
Reprodução/DR

Sindsep-PE

Durante as eleições, o presidente Jair Bolsonaro promoveu uma série de atos visando ser reeleito. Um deles foi reduzir os preços dos combustíveis. Mas passadas as eleições, os preços dos combustíveis voltaram a subir e, junto com os dos alimentos, a puxar a inflação brasileira para cima. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,41%, no último mês de novembro. Já o IPCA, que reflete a inflação para as famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos, nos últimos 12 meses, ficou em 5,90%. 

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. Os maiores impactos vieram de Transportes (0,83%), que inclui combustíveis, e Alimentação e bebidas (0,53%). Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro.

Enquanto isso, a fila do Auxílio Brasil voltou a crescer no mês de novembro. São 128 mil famílias aguardando na lista na espera pelo benefício social. Essas famílias já tiveram seu cadastro aceito pelo Ministério da Cidadania, mas ainda não foram atendidas. 

A fila não existia desde o mês de agosto, quando Bolsonaro passou a investir tudo para conseguir se reeleger. Além de aumentar o orçamento para o Auxílio Brasil, as filas ficaram zeradas nos meses de agosto, setembro e outubro. E todas as vezes que se falava de fome no Brasil, ele afirmava que era um exagero e que as pessoas com fome poderiam ingressar no programa. Elas ingressaram, mas ainda não receberam um centavo. 

Outra medida adotada por Bolsonaro para se reeleger foi o consignado do Auxílio Brasil, um empréstimo cedido pela Caixa Econômica e outros bancos atrelados ao governo oferecido aos beneficiários do programa. No segundo turno, Bolsonaro liberou R$ 9,5 bilhões de empréstimos a 3,5 milhões de beneficiários. Após a derrota, o empréstimo deixou de existir.  

As movimentações da equipe de transição indicam que o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), trata como tarefa imediata o freio nas constantes variações para cima em itens básicos como a alimentação e os combustíveis. No caso da alimentação, provavelmente haverá um retorno ao financiamento de programas ligados à agricultura familiar. 

O programa de estoque de alimentos pela Conab também deverá ser retomado. Em 2019, o governo Bolsonaro fechou 27 armazéns da Conab responsáveis pela distribuição e controle dos alimentos e de seus preços, combate à fome, proteção a pequenos agricultores, atuação em casos de desastres ambientais, entre outras políticas. Nesses armazéns da Conab, eram estocados os alimentos produzidos pela agricultura familiar e comprados pelo governo. Quando os alimentos apresentavam alta de preços, o governo vendia os estoques por preços mais baixos, exercendo um controle.






NOSSOS

PARCEIROS