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Paralisação nacional reforça luta de servidor da Funai por justiça e condições de trabalho

Em plenária nacional extraordinária categoria define calendário de luta com ações em Brasília e nos estados e paralisação no dia 23 de junho. Entre os eixos está a cobrança da apuração rigorosa dos assassinatos para que se faça justiça a Bruno e Dom


Paralisação nacional reforça luta de servidor da Funai por justiça e condições de trabalho
Reprodução/Zoom

Condsef/Fenadsef

Em plenária nacional extraordinária realizada pela plataforma Zoom nessa sexta-feira, 17, servidores da Funai de todo o Brasil aprovaram por consenso pontos centrais da luta e reforço na mobilização da categoria. A atividade contou com grande participação, em meio a indignação provocada pelos assassinatos de Bruno Pereira, servidor licenciado do órgão, e o jornalista inglês, Dom Phillips, na região do Vale do Javari (AM), segunda maior terra indígena do Brasil. A categoria aprovou a realização de um ato nacional com paralisação de atividades no próximo dia 23 de junho. Na plenária houve homenagens e uma nota de pesar foi divulgada pelas entidades representativas dos servidores da Funai.

Outras ações, incluindo vigília permanente em frente a Funai em todo o Brasil ao longo da próxima semana, bem como realização de assembleias para debater greve por tempo indeterminado estão na pauta. A intenção é seguir reforçando a luta por justiça para Bruno e Dom, cobrar atendimento de pautas urgentes e garantir melhores condições de trabalho na Funai. Servidores exigem a apuração até o fim das responsabilidades pelos assassinatos, ressaltando que a violência no Vale do Javari tem conexões com ampla cadeia de crime organizado. Inúmeras denúncias e relatórios que detalham seus integrantes e métodos de atuação já se encontram, inclusive, nas mãos das autoridades policiais.

Condsef/Fenadsef, Ina (Indigenistas Associados) e Ansef (Associação Nacional dos Servidores da Funai) são as entidades nacionais que vão centralizar a organização dos movimentos. Cada estado contará com uma comissão de mobilização via sindicato local que vai promover o reforço da mobilização e unidade nas ações conjuntas. O objetivo central será cobrar o atendimento das reivindicações emergenciais apontadas pela categoria. Os servidores reivindicam que o ministro da Justiça e Segurança Pública receba imediatamente uma comissão das entidades pra discutir a pauta emergencial e o encaminhamento da pauta estruturante apresentada.

Além disso, a categoria exige que nenhuma retaliação afete servidores mobilizados e em greve, incluindo questões como mudanças de lotação, exoneração de cargos e abertura de sindicâncias administrativas. A saída imediata do presidente da Funai Marcelo Xavier e de sua equipe de ruralistas e militares é outro eixo central da pauta de reivindicações. A lutra contra o chamado "Marco Temporal" junto aos movimentos sociais indígenas também será intensificada.

Ampliação do movimento

A luta dos servidores da Funai é uma luta por melhores condições de trabalho para servidores e por melhores serviços públicos. Essa é uma luta de todos e todas que defendem um Estado garantidor de direitos e políticas públicas para a população brasileira. Por isso, o objetivo é também estender o movimento a outros órgãos públicos. A insatisfação latente com os ataques constantes do governo Bolsonaro aos servidores e serviços públicos, a falta de diálogo e desvalorização com arrocho e congelamento salarial ampliam a necessidade de reação da categoria. 






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