Home > Notícias > Orçamento secreto de Bolsonaro impede investimento de qualidade no serviço público

Orçamento secreto de Bolsonaro impede investimento de qualidade no serviço público

Levantamento feito por plataforma do Senado que acompanha percurso de gastos da União, publicado nessa quinta pelo Brasil de Fato, mostra que média anual do valor gasto com emendas parlamentares triplicou com Bolsonaro


Orçamento secreto de Bolsonaro impede investimento de qualidade no serviço público
Arthur Lira e Bolsonaro (Reprodução/DR)

Condsef/Fenadsef

Para justificar as "dificuldades" que seu governo vem enfrentando em conceder uma reposição emergencial de 19,99% pleiteada por servidores públicos federais, o presidente Jair Bolsonaro disse que estaria "no limite" e que se alguém arranjasse de onde ele tiraria recurso ele daria "10, 15, ou 20%, sem problema nenhum". De lá pra cá o presidente voltou a recuar e dizer que os 5% linear ao funcionalismo não estariam garantidos. Além disso, retomou a ideia de conceder um aumento em vale-alimentação, o que deixaria milhares de aposentados e pensionistas, de fora.

Um levantamento feito pela Siga Brasil, plataforma do Senado que acompanha o percurso de gastos da União, publicado nessa quinta-feira, 2, pelo Brasil de Fato, mostra que Bolsonaro vai terminar seu mandato com R$ 93 bilhões gastos em emendas parlamentares. Isso mostra que a média anual do valor gasto em emendas parlamentares praticamente triplicou nos três primeiros anos da gestão Bolsonaro.

Vale destacar que só o montante destinado a emendas do 'orçamento secreto' relatado pelo Senado ao STF supera a verba destinada aos ministérios. O governo anunciou um bloqueio de mais de R$ 8 bi no orçamento, insuficiente para concessão do percentual de 5% defendidos até mesmo pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que em Davos disse que "até 5%" seria possível "repor o funcionalismo".

Para entidades representativas dos servidores públicos só não terá reposição salarial se Bolsonaro não quiser. Na Lei Orçamentária, foram destinados R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares, dos quais R$ 16,5 bilhões são do "orçamento secreto", além de R$ 2 trilhões para pagar os juros da dívida pública.

A realidade da política implantada para o setor público nesse governo é a de arrocho salarial, menos concursos e sucateamento do serviço público. O governo Bolsonaro atingiu a menor marca da história em gasto com pessoal e pretende reduzir ainda mais.

Outra lembrança importante é que há um ano o próprio presidente e seus ministros passaram a receber salários com aumento de até 69%. Já a maioria dos servidores está com salários congelados há mais de 5 anos.

Dinheiro tem e a legislação permite. Nossa luta é por negociação e reposição salarial justa!






NOSSOS

PARCEIROS