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ONU prevê crise humanitária em 2021 e investimento público será a saída

Economistas renovam alertas sobre a necessidade de governo abandonar política de "austericídio" e enfrentar com fortalecimento do Estado crise anunciada como a maior desde a Segunda Guerra Mundial. Sociedade vai precisar se mobilizar, reforça Dieese


ONU prevê crise humanitária em 2021 e investimento público será a saída
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Condsef/Fenadsef

Diversos especialistas da area econômica vem emitindo alertas sobre a necessidade do governo Bolsonaro-Guedes abandonar o que o economista Paulo Kliass classifica como "obstinação da austeridade a qualquer custo". A maior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial deve atingir 235 milhões de pessoas no mundo em 2021. É o que prevê a Organização das Nações Unidas (ONU), destaque na coluna de Jamil Chade dessa terça-feira, 1o, no UOL. No Brasil os impactos podem ser agravados pelo fim do auxílio emergencial de R$600, caso o Congresso Nacional não vote este mês a medida provisória (MP) 1000/20. 

O aumento do desemprego, da desigualdade e da fome no País complicam ainda mais esse cenário. Para o Dieese haverá necessidade de uma forte mobilização da sociedade e pressão também junto ao Poder Legislativo já que o governo Bolsonaro insiste em manter sua conduta de austeridade fiscal e quer impor privatizações de estatais estratégicas e o esfacelamento do setor público com a reforma Administrativa e outras PECs que preveem até mesmo a redução salarial de servidores. 

10 de dezembro

Para seguir enfrentando e combatendo retrocessos, no próximo dia 10, a Condsef/Fenadsef e suas entidades filiadas participam de um Dia Nacional de Luta pela manutenção do auxílio emergencial de R$600 e em defesa do fortalecimento dos serviços públicos que serão essenciais para o enfrentamento da crise já instalada.  

Em análise do Dieese feita para o Jornal da Rádio Brasil Atual FM, o diretor técnico Fausto Augusto Júnior reforçou que o auxílio emergencial cumpriu um papel importante na manutenção dos patamares de vida da população mais vulnerável, além de ter sido fundamental para o próprio desenrolar da economia. O diretor técnico ainda aponta que o investimento público será fundamental, principalmente para manter a condição de vida da maior parte da população.

Já a equipe econômica do governo quer colar no discurso da austeridade fiscal, das privatizações e da imposição de reformas a receita para contar a crise. Essa política ultraneoliberal, especialmente desde o final de 2016, coincidindo com a aprovação da emenda do teto de gastos (EC 95/16) e o congelamento de investimentos públicos, vem se mostrando um caminho desastroso que tem aprofundado a crise no Brasil. 

Fausto Augusto Júnior pontuou que a articulação da sociedade civil será determinante para que não se tenha um 2021 tão ruim quanto se pronuncia. "A sociedade vai precisar se mobilizar, pressionar o Congresso e construir mecanismos de contenção da probreza e da fome", pontuou. "Vamos precisar de uma pauta que não seja de cortar gastos e sim de construir um projeto de país que leve a condições dignas para todos", resumiu. 

Assista a íntegra da análise: 






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