Metrópoles
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes selaram, nos últimos dias, um acordo de procedimentos até que o presidente da República decida se concederá mesmo ou não o reajuste salarial prometido a policiais federais.
Embora seja contra a concessão do reajuste, o ministro da Economia prometeu não dar mais declarações públicas condenando a medida, enquanto Bolsonaro não bater o martelo sobre o tema.
Em troca, o chefe do Palácio do Planalto se comprometeu a não falar mais publicamente que o reajuste está garantido. Nessa semana, por exemplo, Bolsonaro afirmou que “não está garantido reajuste a ninguém”.
Apesar da promessa ao chefe, Guedes tem dito a interlocutores que seguirá no trabalho de bastidores para convencer o presidente a não conceder reajuste a nenhuma categoria do funcionalismo público federal.
Guedes já levou a Bolsonaro alerta feito por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o reajuste apenas a algumas categorias pode gerar uma onda de ações na Corte cobrando o mesmo tratamento para todos servidores.
A pedido do presidente, o Congresso Nacional já aprovou um valor de R$ 1,79 bilhão no Orçamento da União de 2022 para dar reajuste a policiais federais. A concessão de fato, porém, ainda depende de decisão do presidente.
A promessa do Palácio do Planalto à Polícia Federal provocou reação entre outras categorias do funcionalismo público federal. Entre elas, a Receita Federal e o Banco Central.
As categorias insatisfeitas marcaram para a próxima terça-feira (18/1) uma paralisação e um protesto na frente do Ministério da Economia para cobrar reajuste salarial também a outros setores.