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Novos ares na América Latina e no mundo isolam fascismo de Bolsonaro

Estamos presenciando uma rejeição em todo mundo aos projetos neoliberais e ultraliberais que tiram direitos, promovem o desmonte dos serviços públicos para reduzir o papel do Estado no atendimento à população e favorecem apenas a elite financeira


Novos ares na América Latina e no mundo isolam fascismo de Bolsonaro
Protestos de rua no Chile (Reprodução/DR)

Sindsep-PE

A América Latina caminha para uma reviravolta política, econômica e social com a rejeição, por parte da população, de governos neoliberais e dos golpes que atingiram o Continente nos últimos anos. As eleições na Argentina e na Bolívia foram um prenúncio de que os ventos estariam mudando. Em fevereiro, haverá eleições no Equador. Depois no Peru e depois no Chile. Este último marcado por diversos protestos contra um governo de direita. A previsão é de que as forças progressistas e populares levem os três pleitos eleitorais, o que irá alterar a correlação de forças na América Latina.

Além desses países, a Venezuela continua resistindo às diversas tentativas de golpe dos Estados Unidos da América (EUA).

Com isso, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, poderá ficar cada vez mais isolado em seu mundo fascista de mentiras, faz de contas, corrupção, violência e submissão aos interesses dos EUA e de uma elite financeira internacional. Bolsonaro já perdeu o apoio para as suas maldades, como a negação da pandemia do novo coronavírus e a vista grossa para as queimadas no Brasil, com a derrota do seu grande ídolo, Donald Trump. 

Outro ídolo de Bolsonaro, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está na berlinda. Milhares de israelenses realizaram mais um protesto nas ruas do país, no último sábado (2), pedindo a sua renúncia por causa de acusações de corrupção feitas contra ele e pelas falhas em lidar com a crise do coronavírus.

Um dos principais países da América Central também já deu uma virada à esquerda. O ex-prefeito da Cidade do México, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, foi escolhido como novo presidente do México em 2018. Enquanto isso, apesar do embargo econômico dos EUA e das diversas tentativas de golpe, Cuba continua firme. 

Na verdade, estamos presenciando uma rejeição em todo mundo aos projetos neoliberais e ultraliberais que tiram direitos da classe trabalhadora, promovem o desmonte dos serviços públicos para reduzir o papel do Estado no atendimento à população e favorecem apenas a elite financeira. 

“Os novos ares da América Latina e do mundo são uma resposta contra o modelo econômico seguido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e por sua equipe. Um modelo centrado no corte de investimentos públicos e na financeirização da economia. O mundo está dizendo que esse modelo não serve. E nós precisamos dizer o mesmo!

O que o Brasil necessita é de um Estado como indutor do desenvolvimento e bem estar social da população. Precisa de um Estado que promova mais políticas públicas para atendimento à população e geração de emprego e renda. Mas o governo Bolsonaro faz exatamente o contrário”, comentou o diretor de Imprensa e Divulgação do Sindsep-PE, Eduardo de Albuquerque.   

Europa

O atual presidente da Espanha é o economista e secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez. Em Portugal, o primeiro-ministro António Costa é secretário-geral do Partido Socialista desde novembro de 2014. O norte europeu também experimentou, em 2020, uma virada à esquerda, com países como Dinamarca, Suécia e Finlândia rejeitando projetos de extrema direita.  

Apesar do Brasil ter como presidente um incompetente que promove bizarrices diárias envergonhando o país diante do mundo, há uma expectativa de mudança. "Aqui para o Brasil, a correlação de forças a gente muda com a luta de classes", comentou o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, em entrevista ao Brasil de Fato (AQUI). "Estou confiante que assim que conseguirmos universalizar o acesso à vacina, isso vai nos dando capacidade e espaço para mobilizar, fazer lutas de massas, alterar a correlação de forças", concluiu. 






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