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No Brasil, um dos piores inimigos do pobre é o ministro da Economia

Em Davos, Guedes afirma que o maior inimigo do meio ambiente é a pobreza. Indicadores apontam que o aumento da pobreza no país é reflexo direto das políticas que o ministério dele conduz. Ministro ainda defendeu congelamento do salário dos servidores


No Brasil, um dos piores inimigos do pobre é o ministro da Economia
Guedes em Davos (Imagem: Transmissão/Reprodução/DR)

Condsef/Fenadsef

Um dos campeões em declarações polêmicas do governo Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje que o maior inimigo do meio ambiente é a pobreza. A fala elitista, feita durante o painel "Formando o Futuro da Manufatura Avançada", reverberou mal, principalmente por ser dita pelo representante da política econômica de um governo responsável direto pelo aumento da pobreza e desigualdade no Brasil como mostram índices registrados por diferentes instituições aqui e no mundo. 

A situação tem potencial para se agravar, já que Guedes também segue declarando sua intenção de reduzir o setor público a zero, manter salários de servidores congelados e privatizar tudo que for possível. Para a Condsef/Fenadsef, os efeitos perversos de todas essas políticas que retiram direitos e impõem a miséria e concentração de renda ampliando a desigualdade estão intimamente ligadas à acelerada destruição dos serviços públicos, fim de direitos da classe trabalhadora e cortes orçamentários em setores essenciais como saúde e educação. 

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Se para Guedes a pobreza é o maior inimigo do meio ambiente, então ele e o Ministério da Economia são os maiores inimigos do pobre e forçam a manutenção e aumento da pobreza no Brasil. Para a Confederação, a declaração mostra que além dos graves problemas já enfrentados pelo Brasil na preservação ambiental, política que também vem sofrendo com ataques constantes e sendo desmontada por esse governo, o Ministério da Economia é outra fonte de risco que ameaça a vida e o meio ambiente. 

Salários congelados e privatização

Em Davos, Guedes ainda defendeu que os salários dos servidores devem seguir congelados e reforçou intenção de privatizar tudo que é possível. A estimativa apresentada como positiva de que o Brasil conseguiria R$ 150 bilhões com privatizações e venda de estatais nada mais é para a Condsef/Fenadsef que uma política que fere a soberania nacional e precisa ser urgentemente barrada. 

Em defesa dos servidores e serviços públicos a Confederação e suas filiadas, em conjunto com outras entidades representativas do setor público, de atividades convocadas por centrais sindicais. Nessa sexta, 24, em todo Brasil haverá atos no dia dos aposentados. Em Brasília, uma carta em defesa dos serviços públicos será entregue no Ministério da Economia. A atividade, no Espaço do Servidor, na Esplanada dos Ministérios, está prevista para começar às 9h30.

18 de março é greve

Nos dias 11 e 12 de fevereiro atos também marcarão o lançamento da campanha salarial dos servidores federais. Com salários congelados há três anos, a categoria deve reinvindicar percentual de 33%, mesmo do ano passado, além de combater a reforma Administrativa e combater o desmonte acelerado do serviço público brasileiro. No dia 18 de março, a Condsef/Fenadsef e suas filiadas se juntam a várias outras categorias convocadas por centrais sindicais, entre elas a CUT, em um dia nacional de paralisações e mobilizações em defesa dos serviços públicos, das estatais e da soberania nacional. 

Os sinais de caos e colapso no setor público já se fazem sentir em órgãos como INSS que está passando por uma crise com retorno das imensas filas de espera para que a população seja atendida. Uma campanha ampla em defesa dos serviços públicos vai prosseguir ao longo de todo esse ano.






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