Home > Notícias > "Não iremos nos vender!": Bolsonaro tenta comprar servidores com reajuste

"Não iremos nos vender!": Bolsonaro tenta comprar servidores com reajuste

"Anunciam um aumento para receberem o apoio dos atuais servidores nas eleições e para que consigam destruir os serviços públicos com a PEC 32", comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE


Reprodução/Sindsep-PE

Sindsep-PE

Depois de passar três anos promovendo o desmonte do setor público brasileiro, com o corte de investimentos e o cancelamento dos concursos públicos, o presidente Jair Bolsonaro está falando na possibilidade de reajustar o salário dos servidores neste período pré-eleitoral. Ao mesmo tempo, tenta empurrar, goela abaixo da população brasileira, a sua proposta de Reforma Administrativa (PEC 32) que tem como real objetivo destruir os serviços públicos, repassar suas funções para os empresários obterem lucros cobrando altos preços por serviços que hoje são gratuitos e lotear os cargos públicos com apadrinhados políticos que fecharão os olhos para a corrupção.  

“Os salários dos servidores estão defasados em mais de 40% porque não recebemos reajustes desde 2017. Será que Bolsonaro irá fazer essa reposição? Claro que não vai. Este governo só trabalha contra os servidores e o povo brasileiro. O presidente e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, passaram três anos maltratando os trabalhadores do Brasil com ofensas e arrocho salarial. Agora, anunciam um aumento para receberem o apoio dos atuais servidores nas eleições e para que consigam destruir os serviços públicos com a PEC 32. Estão nos chamando do que com essa atitude? Não iremos nos vender! Somos contra a PEC 32 e contra Bolsonaro”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

Desde o início do governo Bolsonaro, o funcionalismo público federal sofreu uma redução de 46.100 mil postos de trabalho. O número de vagas fechadas de 2019 a 2021 é maior que toda a ampliação registrada no governo de Dilma Roussef (PT): de 2011 a 2015, o país ganhou 42.300 novos servidores. No governo Lula foram 87 mil novos trabalhadores no setor público federal. “Muitos servidores estão sobrecarregados, porque acumularam funções de quem se aposentou”, observou o secretário-geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira.  

Hoje, existem mais servidores aposentados (656.621) que ativos (584.545). O contingente é o mais baixo desde 2011. O número pode parecer alto à primeira vista. Mas o Brasil possui cerca de 213 milhões de pessoas. A proporção de empregos públicos em relação à força total de trabalho no Brasil é baixa na comparação com os países desenvolvidos. O percentual de servidores públicos no Brasil é de 12,5%, enquanto a média dos países desenvolvidos é de 17,88%.   

Segundo dados do Painel Estatístico de Pessoal, 36.800 mil servidores entraram na administração pública federal nos 10 primeiros meses de 2021 e só 8,6% desses servidores são concursados. Com a PEC 32 a situação só irá piorar. Isso porque Bolsonaro poderá contratar apenas seus aliados para assumir cargos em todos os órgãos e repartições públicas.

Pressão

Os servidores podem participar da mobilização na internet por meio do site Na Pressão (aqui). Por meio do  site, o servidor pode enviar mensagens para os deputados federais, solicitando que eles rejeitem a proposta. O passo a passo é muito simples. Ao acessar a campanha, o servidor pode mandar seu recado pelo WhatsApp, e-mail ou telefone. E a mensagem a ser enviada é: votou a favor da reforma, não voltará a ser eleito. 

Também tem a campanha Cancela a Reforma. No site da Condsef/Fenadsef (aqui), os trabalhadores podem ter acesso ao material produzido para a campanha.  A campanha também está no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube. Procure por @cancelaareforma. Para receber todas as informações da luta contra a Reforma Administrativa, o interessado também pode enviar uma mensagem para o número de telefone: (61) 98357-4114. Os funcionários públicos também podem enviar uma mensagem para o WhatsApp do Sindsep-PE Conectado: (81) 99976-2839. 






NOSSOS

PARCEIROS