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Não ao congelamento em 2019!

A prioridade deve ser a campanha salarial


Não ao congelamento em 2019!
Foto: Sintsep-PA

Sintsep-PA

Lançada em fevereiro de 2018, com pauta protocolada no Ministério do Planejamento, a Campanha Salarial de 2018 dos Servidores públicos federais insiste em continuar uma ação meramente burocrática e negocial. Enquanto isso, a base da categoria que recebeu com euforia a expectativa de uma forte campanha salarial unificada, manifesta um sentimento de inquietação por não ver avanço, caminhando para a desesperança com as direções que não dão passos mais ofensivos. A base não aguenta mais esperar principalmente agora que o governo prepara a LDO com previsão legal de congelamento de reajustes em 2019 e  que não prevê nenhum concurso público para o período.

É preciso romper o ciclo de acomodação à agenda do governo e impor a Temer e sua equipe econômica a nossa agenda pela força da mobilização, em cada local de trabalho, o que só se concretizará com a construção efetiva da greve unificada.

Se fizermos uma retrospectiva do protocolo da pauta da campanha salarial até hoj, fica evidente que a direção da federação tem boicotado a organização dessa luta. Nos calendários nacionais de mobilização a CONDSEF não participou com força. E não adianta culpar a base da categoria onde existe muita disposição de mobilização, a exemplo dos servidores do INCRA que tomam a frente do processo de organização de suas pautas com paralisações nacionais.

Enquanto isso, a prioridade da maioria da direção tem sido a defesa do Lula e seus calendários em Porto Alegre/RS ou Curitiba/PR, onde muitos dirigentes sindicais estão mais preocupados com as eleições de outubro, um sinal de que as prioridades serão outras a partir de agora, o que tende a enterrar de vez a campanha salarial que nem começou direito, mas não aceitaremos.

O MOMENTO NOS É FAVORÁVEL

A greve dos caminhoneiros nos trouxe à tona a percepção real do nível de indignação dos trabalhadores brasileiros com a política de aplicação de ajuste fiscal, expressa também na abusividade dos preços dos combustíveis que impacta em diversos aspectos da vida de todos nós. Não à toa diversas e radicalizadas foram as manifestações de apoio a greve desses trabalhadores que colocaram de joelhos o governo Temer, obrigando-o a atender por completo a pauta de reivindicação da categoria, e de quebra ainda derrubou o Pedro Parente do comando da Petrobrás. Seria uma grande oportunidade para derrubar também a Temer desde que as principais direções do movimento assumissem seu papel e convocassem uma greve geral, mas desgraçadamente, mais uma vez as direções da CUT, CTB, UGT, FS não só se negaram a derrubar Temer com uma greve geral, como em uma vergonhosa nota pública conjunta se ofereceram a ser o intermediário de um processo negocial, oferta sabiamente descartada pelos grevistas.

Todo o processo da greve escancarou uma verdade: que não estava com os caminhoneiros, estava tentando salvar Temer. E foi isso que fizeram essas centrais. Mas não só isso. Muitos movimentos de esquerda fizeram um imenso desserviço contra uma greve que poderia ter mudado radicalmente o quadro político nacional: não só não apoiaram, como se juntaram à Rede Globo na criminalização da greve, repetindo que se tratava de uma greve de patrões.

No fundo o que esses movimentos querem é manter Temer no governo até o fim do mandato e “restabelecer a ordem constitucional democrática” (como diz o manifesto petista da Frente Nacional Ampla Pelas Diretas Já, de 08/06/2017). Assim como as greves traídas de 30/06 e de 05/12 do ano passado, novamente a história os brindou com um momento favorável para juntarmos à luta dos caminhoneiros, convocando a greve geral para derrotar Temer e seu plano de ajuste, impor a nossa pauta de reivindicação e conquistar nosso reajuste de 25,63%. Não depositamos nenhuma ilusão nessas centrais, e esperamos que suas bases rompam com as direções burocráticas e construam pela base o movimento de unificação das lutas em prol das pautas dos trabalhadores. O momento nos é favorável, basta sabermos aproveitá-lo.

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES

A Condsef não tem um calendário de lutas. Em junho fez um CDE para aprovar um novo CDE e uma Plenária em plena Copa do Mundo e em um mês de férias. Já deveríamos estar em greve unificada desde abril, quando o governo se negou a receber as entidades para negociar. Já deveríamos estar fortemente mobilizados a nível nacional, aproveitando o embalo da greve dos caminhoneiros e derrubar Temer e sua política de ajuste fiscal. Na total ausência de um calendário ofensivo, é preciso retomar já o processo de mobilização, priorizando as ruas aos tribunais. Propomos agregar ao nosso calendário o 10/08 como dia nacional de paralisação aprovado pela Fasubra e propor junto às demais entidades do Fonasefe uma plenária nacional aberta dos Servidores federais para discutir urgentemente a construção da greve geral unificada.

PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTOS

- 10/08 dia nacional de paralisação

- Plenária Nacional do Fonasefe aberta a todos SPF no início de agosto para discutir a construção da greve unificada dos SPF






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