Sindiserf-RS

Enquanto a mesa de negociação permanente com servidores federais era reinstalada, em Brasília, levando otimismo ao funcionalismo que há seis anos está sem reajuste salarial, os dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS) mobilizaram a categoria em visitas aos órgãos, em Porto Alegre, nesta terça-feira (7).

A reunião da mesa de negociação ocorreu às 10h e contou com a participação de nove ministros. O reajuste emergencial é a pauta central dos servidores, pois a defasagem nos salários do funcionalismo é de cerca de 30%, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Assista a reunião aqui.

“É muito importante a instalação da mesa de negociação dos servidores públicos federais, hoje pela manhã, com a presença de ministros e com as falas de diversas entidades em defesa do nosso reajuste e das nossas carreiras”, avaliou a secretária geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch. Ela chama atenção para a situação de seis anos de sem negociação com a categoria, de arrocho salarial, de destruição das carreiras e do serviço público.

“Agora precisamos de luta e de mobilização para garantir que seja enviado, por Medida Provisória, o reajuste emergencial para que possamos continuar o debate sobre a reestruturação das nossas carreiras e avançar na regulamentação da Convenção 151, que é o direito à negociação coletiva das servidoras e servidores. Que nunca mais aconteça tanta truculência e desvalorização do serviço público”, declara Eleandra.

O secretário geral adjunto do Sindiserf/RS, José Mário Amaral Virué destacou a importância da agenda para tratar dos pontos de pauta e chamar atenção, pela necessidade da unidade e mobilização dos trabalhadores. “Só assim para conquistarmos uma reposição emergencial, aumento do vale alimentação, correção do plano de saúde, entre outras reivindicações. Não existe vitória, sem luta”, enfatiza o servidor.

Foram realizadas reuniões com os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (IcmBio), Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Também estava prevista uma agenda no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), porém, por problemas de fornecimento de energia elétrica, a visita não ocorreu.