Home > Notícias > Maioria dos federais aponta calendário de luta por reposição emergencial linear

Maioria dos federais aponta calendário de luta por reposição emergencial linear

Não há limitação fiscal, nem legal para governo conceder reposição linear a servidores, contesta Condsef/Fenadsef. "O que falta é vontade política desse governo para olhar para o setor público", rebate Pedro Armengol, diretor da entidade e da CUT


Maioria dos federais aponta calendário de luta por reposição emergencial linear
Plenária Nacional (Reprodução/Zoom)

Condsef/Fenadsef

Representantes da maioria dos servidores federais participaram nessa quinta-feira, 20, de uma plenária nacional da Condsef/Fenadsef, segunda maior instância deliberativa da entidade. A categoria aprovou um calendário de atividades que inclui um indicativo de greve para 9 de março. Até lá, atividades, manifestações e atos tanto nas ruas quanto nas redes sociais também estão sendo propostas pelos setores que representam 80% dos servidores do Executivo Federal. 

Nas próximas semanas a Confederação participa de reuniões onde levará esse calendário como proposta para unificar a luta não só dos servidores federais como também dos municipais e estaduais que já atuam juntos na luta para derrotar a PEC 32, da reforma Administerativa. Amanhã, 21, o Fonasefe, fórum que reúne entidades representativas dos servidores federais dos 3 poderes, volta a se reunir. A Condsef/Fenadsef, que compõe o Fórum, colocará em pauta a proposta de calendário da maioria dos federais.

"Sem mobilização não teremos nada"

Não há limitação fiscal, nem legal para governo conceder reposição linear a servidores, contesta Condsef/Fenadsef sobre fala de Bolsonaro de não conceder reajuste a nenhum servidor. "O que falta é vontade política desse governo para olhar para o setor público", rebate Pedro Armengol, diretor da entidade e também da CUT Nacional. 

No centro da pauta estará a cobrança de 19,99% de reposição salarial para todos os servidores federais. O índice corresponde a perdas inflacionários de 2019 a 2021, equivalente aos três anos de governo Bolsonaro. Só em 2021 essa perda foi de 10,74%, que corresponde ao IPCA do período.

Para o dirigente o desafio será superar as limitações e desafios impostos pelo aumento dos números de caso da covid e influenza no Brasil. "Mas temos que colocar no horizonte todo o processo de mobilização", defende. "Se não tiver processo de mobilização que crie pressão no governo não teremos nada, ponto", sentencia Armengol. A falta de um ambiente de negociação e diálogo dificulta ainda mais esse processo. 

Até o dia 9 de março assembleias nos estados devem ser realizadas para seguir debatendo a conjuntura e construindo a unidade em torno também da luta por reposição emergencial. O discurso de Bolsonaro de que não irá conceder reajuste a nenhum servidor também foi contestado. "Não somos contra o reajuste aos policiais. Somos contra o tratamento diferenciado e somos contra os ataques sistemáticos desse governo aos servidores e aos serviços públicos", pontuou o secretário-geral da Confederação, Sérgio Ronaldo da Silva. "Nós vamos transformar nossa indignação em luta", reforçou. 

Confira o calendário de atividades proposto e aprovado na Plenária Nacional da Condsef/Fenadsef:

21/01 | Reunião Fonasefe e Aliança das 3 Esferas
24/01 | Dia Nacional dos Aposentados(as)
27/01 | Reunião ampliada Fonasefe e Fonacate
28/01 | Coletiva de imprensa para falar sobre Campanha Salarial e calendário por reposição emergencial linear
02/02 | Reabertura do ano legislativo (proposta de ato no Congresso Nacional)
10/02 | Dia Nacional de Luta em defesa das negociações dos Acordos Coletivos de Trabalhos dos Empregados da Ebserh
14 a 25 de fevereiro | JORNADA DE LUTAS
08/03 | Dia Internacional da Mulher
09/03 | INDICATIVO DE GREVE
16/03 | Marcha a Brasília e atos nos estados






NOSSOS

PARCEIROS