Condsef/Fenadsef
O Sindsep-AP convidou o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, a participar de uma live nessa quinta-feira, 25, para debater ações sindicais durante a pandemia. A live contou com participação do secretário-geral do Sindsep-AP, Hedoelson Uchôa, do presidente da CUT Amapá, Errolflynn Paixão e a presidente do Sinsepe-AP, Kátia Cilene. A mediação foi do jornalista da entidade filiada à Condsef/Fenadsef no estado do Amapá, Valdecir Bittencort.
Para Sérgio Ronaldo, o papel dos sindicatos, centrais e confederações na defesa dos serviços públicos tem sido cumprido e as entidades não deixaram de atuar em nenhum minuto na defesa dos principais interesses dos servidores e também da classe trabalhadora que vem sendo sistematicamente atacada em seus direitos pelo atual governo. "Infelizmente a resposta do Ministério da Economia a várias de nossas intervenções e cobranças junto ao governo tem sido o silêncio", pontuou o secretário-geral da Condsef/Fenadsef.
A missão e tarefa de defender servidores e serviços públicos é enorme. Sérgio pontuou que só no Executivo Federal são mais de 600 mil servidores em atividade. Desses 50% estão em teletrabalho, mas o governo não tem dado condições para que servidores executem suas atribuições de modo adequado, ainda que muitos setores estejam registrando aumento na produtividade.
Prova do descaso completo com a categoria que tem se desdobrado para seguir atendendo a população da melhor forma está o pedido do ministro Paulo Guedes para que a sociedade pudesse doar computadores para que servidores pudessem trabalhar de forma remota. "Não dá para acreditar. Só pode ser para impor uma humilhação aos trabalhadores que esse governo considera seus inimigos. Mas não somos inimigos. Com toda precaridade estamos fazendo nosso dever de ofício, mesmo governo não ajudando para que qualidade chegue até a ponta com a devida eficiência", registrou.
O governo Bolsonaro já deu provas de quais são as prioridades de seu governo e não estão entre elas entregar serviços públicos de qualidade à população. "O governo federal disponibilizou R$1,3 tilhão para bancos e com o funcionalismo a prática é jogar a sociedade contra e humilhar. Nossos desafios crescem a cada dia", destaca. Para Sérgio Ronaldo o governo deveria tratar com responsabilidade políticas públicas e desenvolver com eficácia o combate à pandemia da Covid-19, mas a cada R$100 só liberou R$28 para o combate a esse inimigo da saúde pública. "O governo despreza ciência e serviços públicos e é papel de nossa confederação, sindicatos e centrais estarmos atentos para combater e derrotar a política ultraneoliberal em curso que destrói as possibilidades do Brasil se desenvolver e deixar para trás o cenário de crises que se acumulam".
Uchôa fez um resgate de todas as ações sindicais que o Sindsep-AP conduziu no período anterior a pandemia e que seguem recebendo atenção. Ações jurídicas, mobilizações, até mesmo atendimento psicológico aos filiados. Sérgio acrescentou as últimas ações e conquistas garantidas pela atuação da Condsef/Fenadsef e suas filiadas. "Temos a compreensão da importância dos sindicatos para o conjunto dos servidores, inclusive no reforço da democracia", destacou Sérgio. "Todas as conquistas que conjunto do funcionalismo teve até hoje foram fruto das lutas organizadas pelos sindicatos", pontuou. "Fernando Henrique nos retirou mais de 56 direitos e nós sobrevivemos, juntos e mobilizados vamos superar as dificuldades também agora. Essa é a ferramenta de defesa dos servidores e estamos firmes e fortes para defender a categoria".
A presidente do Sinsepe-AP, Kátia Cilene destacou a importante conquista jurídica no Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu como inconstitucional a redução salarial de servidores públicos, mesmo com redução de jornada. "Parabenizamos a agilidade com que fomos comunicados, o que mostra, além dessa importante vitória que estamos atentos a todos os passos e mobilizados". Já Errolflynn Paixão, presidente da CUT Amapá, lembrou a importância da formação e conscientização dos servidores e trabalhadores de modo geral para fortalecer a participação e apropriação do poder da força coletiva do movimento sindical.