Home > Notícias > Idosos dizem não à violência, exigem respeito e vacina para todos e todas

Idosos dizem não à violência, exigem respeito e vacina para todos e todas

Para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de proteção aos idosos e idosas, nasceu o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado nesse 15 de junho


Idosos dizem não à violência, exigem respeito e vacina para todos e todas
Reprodução/Sindsep-PE

Sindsep-PE

O número de idosos, com 60 anos ou mais, deverá duplicar até 2050 e mais do que triplicar até 2100, passando para 2,1 milhões em 2050 e 3,1 milhões em 2100. Enquanto isso, mais de 33,6 mil casos de violações de direitos humanos foram registrados contra o idoso no país no primeiro trimestre de 2021, segundo dados do Governo Federal. Claro que esses números oficiais são subestimados. A violência contra o idoso vai bem mais além, muitas vezes não é registrada e vem sendo praticada, inclusive, pelo governo Jair Bolsonaro devido ao desprezo com que o presidente vem tratando o povo brasileiro durante a pandemia do novo coronavírus. 

Para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de proteção aos idosos e idosas, nasceu o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado nesse 15 de junho. No Brasil, foi criado o Junho Violeta. Um mês dedicado ao combate à violência contra esse grupo social. Durante todo o mês, serão realizadas diversas atividades relacionadas ao respeito à pessoa idosa em todo o país. No Recife, o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (Comdir) está promovendo uma série de atividades durante a Semana de Conscientização e Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa. Hoje teve uma atividade na Prefeitura do Recife (Foto)

“Esse é um período de maior reflexão para que todos possamos repensar o papel do idoso e a sua importância na sociedade atual. O idoso passou toda uma vida colaborando com a sociedade e é uma importantíssima fonte de conhecimento, experiência e sabedoria. Deve ser tratado com respeito e muito amor”, destacou a coordenadora do Núcleo de Aposentados e Pensionistas do Sindsep e integrante do Comdir, Ana Melo. 

O Governo Federal vem registrando o aumento expressivo do número de denúncias de violações contra idosos desde o ano de 2020, com o início da crise sanitária no Brasil. O número de denúncias de violência e de maus tratos contra os idosos cresceu 59% no Brasil durante a pandemia. Entre março e junho deste ano, foram 25.533 denúncias. No mesmo período de 2019, foram 16.039. 

Para além disso, o percentual de idosos que faleceu no Brasil, vítima da falta de vontade e irresponsabilidade do atual governo em lidar com a pandemia do novo coronavírus, foi de 72 %. Isso entre os meses de março de 2020 a maio de 2021. Enquanto isso, a vacinação desta parcela da população ainda está bastante atrasada. Segundo dados registrados no dia 27 de maio, apenas 43% das pessoas entre 60 a 79 anos haviam tomado a segunda dose da vacina. 

“É de uma irresponsabilidade tremenda com a vida das pessoas. Todos já deveriam estar vacinados. Mas este governo não cuida da sua própria população. É revoltante o que está acontecendo. Neste mês de junho temos que multiplicar nossas vozes e exigir vacinas para todos os brasileiros e brasileiras”, comentou a coordenadora do Núcleo de Aposentados e Pensionistas do Sindsep-PE, Ana Estrela. 

Ser idoso não é doença! 

Em meio a uma chuva de críticas de especialistas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) está querendo incluir a “velhice” na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID). A mudança poderá ocorrer na 11º edição do CID, que deve ser publicada em janeiro de 2022. Para especialistas, velhice não é uma doença. Existem milhares de pessoas saudáveis apesar do avançar da idade. Além disso, a medida pode levar a um erro no diagnóstico de mortes de idosos. Se a maior parte dos óbitos de pessoas com mais de 60 anos forem classificados como velhice isso pode gerar problemas nos dados. 

“Nem sempre a violência contra os idosos se manifesta fisicamente. Sabemos que existe muita negligência e violência psicológica também. Violência praticada por familiares, conhecidos e, agora, até pela OMS. Tudo o que puder comprometer a integridade física e emocional dos idosos deve ser considerado como uma violência. Essa violência é contraproducente e deve ser condenada. Os idosos merecem todo o respeito. Afinal, ser idoso é estar vivenciando apenas mais uma fase da vida. Não é jamais uma doença como a OMS está tentando qualificar. Não podemos aceitar isso”, concluiu Ana Melo.  






NOSSOS

PARCEIROS