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Guedes: redução de gasto com saúde possibilita aumento para servidores

Sem citar promessa de Bolsonaro, ministro da Economia disse que arrefecimento da pandemia de Covid abre possibilidade para reajuste salarial


Guedes: redução de gasto com saúde possibilita aumento para servidores
Paulo Guedes (Foto: Edu Andrade/Ascom/ME)

Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou, nesta quinta-feira (18/11), que a diminuição dos gastos com saúde após o arrefecimento da pandemia de Covid-19 pode possibilitar um aumento salarial para os servidores públicos.

“Esse é o grande desafio à frente para a classe política: assumir os orçamentos públicos. Fazer em tempos de paz o que nós só conseguimos fazer em tempos de guerra contra a pandemia, que é assumir o orçamento. Olha, está aqui o dinheiro para a saúde, mas não tem dinheiro para aumento de salário neste ano. No ano seguinte, a crise foi embora, ok, agora, diminuiu o gasto com a saúde, temos a possibilidade de dar reajuste de salário”, afirmou Guedes em evento que comemora os 29 anos da Secretaria de Política Econômica (SPE).

O chefe da Economia, no entanto, não citou a promessa de reajuste salarial feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) caso o Congresso Nacional aprove a PEC dos Precatórios.

O projeto é a principal aposta do governo para viabilizar o programa substituto do Bolsa Família, o Auxílio Brasil — que deve garantir um benefício mensal de R$ 400 até o fim de 2022. Para isso ser possível, contudo, é necessário abrir espaço no Orçamento de 2022. Ao todo, a verba necessária é de R$ 91,6 bilhões.

As mudanças propostas pelo governo são:

  • Adiar o pagamento de precatórios (dívidas judiciais do governo com condenações definitivas);
  • Mudar a correção do teto de gastos (a regra que impede que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação).

“Ditadura por ditadura, eu não estava nem aí”

No mesmo evento, Guedes rebateu as críticas que recebe por ter concordado em dar aulas na Universidade do Chile nos anos 1980, quando a instituição – e o país andino – estavam sob intervenção de uma sangrenta ditadura militar liderada pelo general Augusto Pinochet.

“Ditadura por ditadura. Era Figueiredo contra Pinochet, eu não estava nem aí”, disparou o ministro. “Eu sou um animal de politização tardia. Até hoje, eu não sei politicamente onde estou” declarou.






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