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Guedes: "Enquanto não houver solução melhor, prefiro esse imposto de m..."

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, embora o governo tente dissociar o novo imposto da CPMF, ele terá mecanismo semelhante e incidirá sobre "todas as transações da economia"


Guedes:
Guedes e Bolsonaro (Foto: Sergio Lima / AFP)

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que tentará mais uma vez criar um imposto sobre transações para desonerar a folha de pagamento. Enquanto não houver uma solução melhor, ele disse preferir “esse imposto de m...”.

“Estamos subsidiando capital e taxando o trabalho. É inaceitável. Então, enquanto as pessoas não vierem com uma solução melhor, eu prefiro a segunda melhor, que é esse imposto de merda”, declarou Guedes na última sexta-feira (16), durante live em inglês promovida pela XP Investimentos.

O novo tributo, segundo o ministro, não deve ser comparado à antiga CPMF, cobrada sobre transações financeiras para cobrir gastos na saúde, extinta em 2007. A alíquota máxima foi de 0,38% sobre cada operação. “Não é CPMF de jeito nenhum. É digital”, afirmou.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, embora o governo tente dissociar o novo imposto da CPMF, ele terá mecanismo semelhante e incidirá sobre “todas as transações da economia”, explicou a assessora especial do Ministério da Economia, Vanessa Canado.

“Por que você acha que nós estamos pensando nessa coisa [imposto] de merda? Você acha que liberais gostam de criar novos impostos? Não mesmo. Há apenas uma razão pela qual se poderia pensar nisso. É porque existe um pior operando hoje”, disse Guedes.

O ministro argumentou que é preciso resolver a situação de milhões de “invisíveis” que entraram no radar do governo a partir do cadastro do auxílio emergencial, pago a informais e desempregados que ficaram em situação vulnerável durante a pandemia de coronavírus.

“Eu não ligo se o imposto é feio, desde que funcione criando novos empregos. Vai valer a pena”, disse. “Imagine, se 75% dos trabalhadores recebem menos que 1,4 salário mínimo, significa que se você reduz a contribuição sobre a folha, em vez de o cara custar R$ 2 mil ele custa R$ 1 mil porque você remove essa coisa [contribuição sobre a folha], você poderia contratar milhões de pessoas", acrescentou o ministro.






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