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Funcionários da Caixa fazem paralisação contra a reestruturação da entidade

Programa de reestruturação da Caixa Econômica visa a redução de salários e postos de trabalho, além de fechamento de agências pelo país


Funcionários da Caixa fazem paralisação contra a reestruturação da entidade
Foto: Sindsep-AP

Sindsep-AP

Na manhã desta quinta-feira, 13 de fevereiro, funcionários das Agências da Caixa Econômica Federal paralisaram as atividades no horário da manhã, como forma de protestar contra o projeto de restruturação dos bancos públicos, que o governo de Jair Bolsonaro pretende fazer.  O ato aconteceu em frente a agência da Caixa Econômica Federal localizada na avenida Iracema Carvão Nunes no Centro de Macapá. O movimento contou com participação de diretores do Sindicato dos Bancários filiado à Central Única dos Trabalhadores – CUT/AP que fizeram suas falas em defesa dos direitos dos trabalhadores do setor no Amapá.

De acordo com informações de Edson Gomes, presidente do sindicato da categoria, a Caixa Econômica quer implantar uma reestruturação profunda, com a remoção compulsória de funcionários, extinção de funções, redução de salários e isso vai ter reflexo negativo no atendimento que o banco presta a todo cidadão brasileiro. “Mediante essas medidas que vem destruir os bancos públicos, não nos resta outra alternativa, a não ser denunciar junto a sociedade, para que todos possam defender os bancos públicos, que são patrimônio do povo brasileiro”, afirmou Edson Gomes.

A Federação dos Bancários obteve recentemente medida Judicial suspendendo o processo de reestruturação da Caixa Econômica Federal, até que se chegue um acordo com a categoria.  Uma primeira mesa de negociação já foi realizada e durou cerca de 11 horas, mais sem nenhum avanço. Isso porque a direção da Caixa não cedeu em nenhum dos pontos da negociação.  Ainda não chegamos a um acordo com o governo, porque o objetivo é sucatear os bancos públicos e mostrar para sociedade que esse sistema não funciona, e com isso abrir caminho para a privatização do setor. ”salientou o diretor do Sintraf, Samuel Silva.

Ainda de acordo com Samuel Silva, na contramão de todo esse processo, toda vez que tem uma crise, os bancos se retraem e pegam seu dinheiro, colocam em seus caixas e aplicam em dívida pública, que tem lucro certo. Prova disso é o lucro divulgado pelo Banco Itaú, que em 2019 teve um superávit de R$ 20 Bilhões. Isso é terrível para a sociedade brasileira.

Para a categoria dos bancários o governo Bolsonaro tem uma estratégia bem clara: fatiar a Caixa Econômica, retirando recursos e atribuições em benefício do setor privado. Entre as áreas mais cobiçadas estão as de seguros, cartões, assets, loterias e gestão do FGTS.






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